Arroz: Brasil terá a menor safra em 26 anos: 9,9 milhões de toneladas
(Por Cleiton Evandro dos Santos, AgroDados/Planeta Arroz) A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) acaba de anunciar, em Brasília (DF), na manhã desta quinta-feira (9/3), que a colheita de arroz do Brasil na temporada 2022/23 será a menor em 26 anos: 9,880 milhões de toneladas. A redução produtiva é de 8,4% em relação à safra passada. Os dados são do 6º Levantamento da Safra de Grãos e mostram que em 2021/22 o país produziu 10,789 milhões de toneladas.
Duas razões são elencadas pelo gerente de acompanhamento de safras da Conab, Rafael Fogaça: a redução de área e a estiagem que afetou o Rio Grande do Sul, principal produtor nacional (com mais de 70% do volume colhido anualmente). Um ajuste de -1% nas áreas de sequeiro do Mato Grosso e do Maranhão foi agregado ao cenário nacional da orizicultura neste levantamento. “São áreas pequenas de arroz cultivado em regime de sequeiro, de baixa tecnologia, que predominam no Maranhão, e cuja tendência é de gradativa redução em todo o Brasil”, observa Fogaça.
Em área, o 6º Levantamento da Safra de Grãos trouxe redução de 2,8% sobre o valor divulgado em fevereiro, enquanto a produtividade caiu 1,9%.
A lavoura orizícola do Brasil encolheu 150,9 mil hectares nesta temporada, o que corresponde a -9,3%. De 1,618 milhão de hectares passou para 1,467 milhão. Ainda assim, e apesar do clima, a produtividade deve subir 1% de 6.667 quilos por hectare para 6.733 quilos.
Ainda segundo a Conab, as operações de colheita alcançaram 7% da área semeada em território nacional até o último final de semana, o equivalente a 44 mil hectares, com evidente atraso. No ano passado estava 11 pontos percentuais à frente. Mas, a partir desta semana a tendência é de que o trabalho de colheita torne-se mais efetivo com muitas lavouras entrando em condições de colheita, em especial no Sul brasileiro.
3 Comentários
O Brasil na qual a Conab se refere na notícia acima, só para conhecimentos dos demais leitores, o ESTADO DE SANTA CATARINA não se inclui, por que os preços que as indústrias de lá estão ofertando o arroz no mercado do nordeste, da a impressão que é ao contrário, de que o Brasil terá a maior safra da história e que vai sobrar oferta de arroz a varrer. Espero que eles acordem e comecem alinhar os preços do fardo, por que vender arroz posto nos portos do nordeste de R$ 98,00 a R$ 100,00 é muita burrice.
Bom se eles tem arroz pra dar e vender e bom q logo escasseia, porque RS responde por 70% da produção nacional, e o problema está aqui, soja na várzea é uma conquista. Bons negócios.
Quándo a conab anuência estes números pode apostar q são bem maior a quebra da safra, segundo semestre o arroz dispara com certeza abraço.