Arroz que deu frutos
Maior Abertura da Colheita focará nos “arrozeiros como produtores multissafras”
Com cerca de 150 expositores e estrutura ampliada para receber mais de 10 mil pessoas na Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) realizará de 13 a 15 de fevereiro de 2023 a 33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz. Trata-se do maior evento do setor produtivo do arroz nas Américas.
“Arrozeiros como produtores multissafras” é o tema da edição, que tem novidades, como lavouras de milho e soja junto à lavoura oficial de arroz, que também serão colhidas no ato inaugural. Além do público presente, milhares de interessados poderão acompanhar cada detalhe pelo meio digital, avisou o presidente da Federarroz, Alexandre Velho.
A inovação nas tecnologias para cultivos em terras baixas seguirá como um tema referencial, mas também organização da cadeia produtiva, políticas setoriais, questões tributárias e os mercados interno e externo farão parte da pauta. “Arroz é o foco principal, mas a intensificação e a diversificação dos cultivos também terão mais espaço, atendendo demanda dos expositores e visitantes, com mais vitrinas e estandes voltados ao milho, à soja, à pecuária e pastagens”, observou André Mattos, engenheiro agrônomo que coordena os trabalhos nas lavouras e vitrinas pela Federarroz.
Alexandre Velho destacou também o objetivo da Abertura da Colheita de integrar e desenvolver o setor agrícola gaúcho e, para isso, destacou a correalização da Embrapa e do Senar-RS e o apoio do Irga e empresas patrocinadoras. “É um evento obrigatório para a agropecuária em terras baixas”, observou Alexandre Velho.
Em pauta
Um tema que terá especial atenção na 33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz é o arrendamento de áreas de arroz. Segundo Alexandre Velho, a orizicultura e os cultivos em terras baixas evoluíram, mas parte dos contratos de arrendamento segue padrões antigos e patamares de preços não condizentes com a realidade dos arrendatários, que são cerca de 50% dos produtores gaúchos. Diante disso, entende que é necessário fomentar o debate sobre uma revisão dos conceitos e promover o entendimento de parceria de médio e longo prazos entre as partes, no sentido de oportunizar investimentos em diversificação, intensificação, na qualidade do solo e melhorias na estrutura das lavouras.