Arrozeiro gaúcho contesta projeção da Conab

Agricultores apostam na colheita de 12 milhões de toneladas, contra os dados indicados pela Conab, de 12,869 milhões/ton. Números da safra já interferem no mercado.

Os orizicultores gaúchos estão questionando a projeção de safra de 12,9 milhões de toneladas feita pela Conab, em abril. Entidades como a Federarroz garantem que previsão elevada pressiona o mercado, que estaria parado. O setor aposta numa colheita nacional de 12 milhões de toneladas.

Para o diretor da Federarroz, Marco Aurélio Tavares, houve quebra em vários estados devido à seca e ao excesso de chuva. A revisão do estoque de passagem, que dobrou, subindo para 1 milhão de toneladas, também estaria afetando os negócios.

Ao confirmar a expectativa de produção, o analista de mercados da Conab Paulo Morcelli garantiu que o mercado está estabilizado e apenas em Santa Catarina houve quebra significativa, o que será amenizado pelo aumento de área em 6,5% em relação à safra anterior.

Morcelli não crê em desequilíbrio da produção, pois o consumo estimado no país é de 12,6 milhões de toneladas e as importações do Mercosul não passarão de um milhão de toneladas.

Morcelli admite que em março houve redução de R$ 4,00 por saca no estado, devido à revisão dos estoques, que incluiu a importação não esperada de 150 mil toneladas da Tailândia e do Vietnã. “Se tivermos em vista que o país importará para atender à demanda, que a safra é do tamanho do consumo interno e o produtor venderá de forma equacionada, teremos um preço em torno de R$ 35,00. Acima disso o industrial não tem como repassar ao varejo e poderá importar do Mercosul. Aí sim teremos queda de preço.”

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