Autossuficiência em risco

 Autossuficiência em risco

Estimativa da Conab não pesou o clima

Autossuficiente, o país busca o equilíbrio entre a oferta e a demanda

Ainda que com preços derretendo ao longo de 2021, a alta de custos, estimada em mais de 30%, e uma seca que afetará o resultado da safra, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera que a produção de arroz do Brasil mantenha o país autossuficiente e com o desafio de buscar o equilíbrio entre a oferta anual e a demanda dos mercados.

Os números do levantamento da safra divulgados em janeiro indicaram que a área semeada na safra 2021/22 se manteve estável, em 1.665,7 mil hectares, mas desconsiderou as perdas no Rio Grande do Sul, por estiagem, e no Tocantins, por excesso de chuvas, por exemplo.

A expectativa inicial era de uma elevação da superfície semeada, mas a retração dos preços, a baixa competitividade no mercado externo até outubro, a normalização da demanda e a elevação dos custos, além dos fatores climáticos, devem atingir a área colhida e a produção em cheio.

O arroz irrigado representará 78,8% do total, 1.326,2 mil hectare. Já o grão de sequeiro e terras altas apresentará redução de superfície de 4,7% sobre a safra 2020/21, alcançando 21,2% do total, com 356,4 mil hectares. No fim de janeiro, 97,8% das áreas estavam semeadas no país, refletindo pequeno atraso em relação à temporada anterior.

Mesmo com avanço da área cultivada, a Conab estimou a produção de 2021/22 1,8% menor, projetada em 11,5 milhões de toneladas. Resultado, em especial, da estimativa de redução das produtividades (-2,1%). Após o clima muito favorável na última safra, o cenário de normalidade climática previsto nesta temporada tende a refletir em menor rendimento por área.

Fonte: Conab, janeiro de 2022

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