Carne e arroz puxam inflação da alimentação para baixo em julho
(Por CNN) A queda no preço dos alimentos puxou para baixo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em julho — que ficou em 0,26%, abaixo das previsões do mercado (em torno de 0,36%).
O grupo Alimentação e bebidas, que tem o maior peso no IPCA, apresentou variação negativa de 0,27%. É o segundo mês seguido de queda nestes preços: em junho, o índice foi de -0,18%.
A queda do grupo em julho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi impulsionada pela alimentação no domicílio que caiu 0,69%. Alguns dos destaques são as quedas da batata-inglesa (-20,27%), da cebola (-13,26%) e do arroz (-2,89%).
A divulgação detalhada do IBGE ainda mostra queda no preço de uma série de proteínas: de 0,3% para carnes; de 0,66% para ovos e aves e de 1,29% para os pescados.
A alimentação fora do domicílio, por outro lado, registrou variação de 0,87% em julho. O subitem lanche acelerou para 1,90%, e a refeição foi a 0,44% em julho.
IPCA de julho
Em julho, o IPCA teve alta de 0,26%, depois de subir 0,24% no mês anterior. O índice, que mede a inflação oficial do Brasil, foi divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (12).
Em julho de 2024, a variação do IPCA havia sido de 0,38%.
Na janela de 12 meses, o IPCA acumulou 5,23%, abaixo dos 5,35% dos 12 meses imediatamente anteriores.
O resultado mensal novamente foi influenciado pela energia elétrica residencial, que registrou o maior impacto individual no índice (0,12 p.p.). A tarifa de energia já havia sido o “vilão” da inflação em maio e junho.