Casas de arroz

 Casas de arroz

A estudante indiana Bisman Deu foi destacada pela Unicef em 2015 por sua iniciativa sustentável para melhorar a vida em sua comunidade. Ela criou uma “madeira verde” a partir de resíduos da queima da casca e da palha de arroz – sem valor comercial – para uso na construção de casas e móveis escolares de baixo custo. Na região, muitas casas são feitas de barro. Para cada 5 toneladas de arroz produzidas, uma é de casca. Na Índia, este material é queimado a céu aberto, criando uma fumaça poluente que causa danos à saúde. A invenção é fonte de renda aos produtores e baseada na mistura de resinas naturais, cinzas e palha de arroz. A ideia atraiu empresas e investidores, além da mídia internacional.

Na pressão
O Ministério da Agricultura da China renovou por cinco anos os certificados de biossegurança para duas variedades de arroz geneticamente modificados (GM) resistentes a pragas. As licenças, concedidas pela primeira vez em 2009, expiraram em agosto de 2014 e geraram dúvidas sobre a continuação da pesquisa, produção e comercialização de arroz transgênico naquele país. A decisão de não renovar havia sido tomada pela pressão de organismos que alertavam para riscos à saúde associados ao cultivo do cereal GM.

Forcinha

O governo da Austrália está financiando um projeto orizícola a oeste do Rio Ganges com o objetivo de melhorar a produtividade e a rentabilidade de 7 mil pequenos produtores do Nepal, Bangladesh e Índia. O uso inadequado dos recursos de água, manejo ineficiente, falta de conhecimento agrícola e mercado pouco desenvolvido são os gargalos da região. Os recursos permitirão aos agricultores adotarem tecnologias desenvolvidas pela Austrália, Canadá e Brasil, segundo o governo australiano.

Guerra quente

I Depois de perder para o Brasil, Uruguai e Tailândia uma licitação para abastecer com 120 mil toneladas de arroz o Iraque, mesmo com preços mais baixos, os dirigentes setoriais dos Estados Unidos agiram rápido e garantiram a vitória na licitação seguinte. A cadeia produtiva norte-americana embarcará integralmente as 120 mil toneladas de arroz longo fino licitadas nesta rodada de negócios. Após mobilizar até mesmo o seu governo para o assunto, as lideranças setoriais comemoram a retomada dos carregamentos, uma vez que os Estados Unidos tiveram uma grande colheita este ano e exportam mais da metade do que produzem.

II A expectativa estadunidense é de seguir atendendo ao mercado iraquiano, muito embora tenha perdido nova licitação para Brasil, Uruguai e Tailândia dias depois. A argumentação do Comitê de Grãos do Iraque é a qualidade do produto. O sistema de carregamento de arroz nos EUA, em granel, nas barcas, pelos rios – especialmente o Mississipi, acaba gerando a mistura de diversos tipos e variedades híbridas ou não. Isso afeta o percentual de arroz quebrado e o padrão de qualidade e derruba as médias.

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