Cesta básica no Rio de Janeiro aumenta 9%, em sete meses
(Por Diário de Petrópolis) De acordo com o Dieese, o preço da cesta básica no Rio de Janeiro vem aumentando nos últimos sete meses, já chegando a 9% de alta. O Diário então realizou uma pesquisa e verificou o valor dos alimentos em três redes de supermercados de Petrópolis. Foram selecionados os seguintes estabelecimentos: Dib, Multimix e Armazém do Grão. A pesquisa constatou que entre esses três locais, os preços ficaram bem próximos.
Levantamento nos mercados da cidade
O produto que registrou a maior variação foi o arroz da marca Tio João de 5kg, no supermercado mais barato, foi encontrado a R$ 29,99. Já no mais caro, chegou a R$ 36,99. Em média, é vendido a R$ 33,32 nos estabelecimentos onde a pesquisa foi realizada. Essa diferença representa 23%.
O produto que também variou foi o feijão de 1Kg da marca ComBrasil. O mais barato vendia a R$ 8,39, já no mais caro, chegou a R$ 9,89. Na média, o produto é vendido a R$ 9,02. Isso representa uma diferença de 19%.
O preço do leite em Petrópolis teve uma alta em relação aos últimos meses. No levantamento atual, o valor encontrado nas prateleiras da marca Piracanjuba, variou entre R$ 6,99 até R$ 7,99. Essa é uma diferença em média de 14%. Já o produto que teve a menor variação foi o macarrão de 500g da marca Amália. O mais barato vendia a R$ 5,39, já no mais caro, chegou a R$ 5,99. Na média, o produto é vendido a R$ 5,69. Isso representa uma diferença de 11,13%.
Levantamento da cesta básica no RJ
Em julho de 2022, o custo da cesta básica do município do Rio de Janeiro apresentou queda de 1,28% em relação a junho. Foi a quarta mais cara entre as capitais pesquisadas e atingiu o valor de R$ 723,75. Em comparação com junho de 2021, a cesta acumulou elevação de 16,48%. Na variação acumulada ao longo do ano, o aumento foi de 8,63%.
Entre os treze produtos que compõem a cesta básica, sete tiveram aumento nos preços médios na comparação com junho de 2022: o leite integral (26,07%), a banana (13,92%), a farinha de trigo (6,95%), a manteiga (4,74%), a carne bovina de primeira (0,92%), o pão francês (0,64%) e o arroz agulhinha (0,56%). Os demais seis produtos apresentaram queda nos preços médios: o tomate (-34,75%), a batata (-24,76%), o feijão preto (-3,67%), o açúcar refinado (-2,85%), o óleo de soja (-2,28%) e o café em pó (- 0,52%).
Comparativo com 2021
Na comparação com junho de 2021, dez dos treze produtos apresentaram elevação nos preços. Os produtos com aumento de preços foram a batata (69,09%), o leite integral (67,4%), o café em pó (63,11%), a banana (44,97%), a farinha de trigo (34,72%), a manteiga (23,08%), o óleo de soja (22,46%), o pão francês (19,31%), o açúcar refinado (14,77%) e a carne bovina de primeira (4,58%). Registraram diminuição de preços o arroz agulhinha (-9,95%), o feijão preto (-9,48%) e o tomate (-7,38%).
Acumulado do ano de 2022
No acumulado nos primeiros sete meses de 2022, três produtos apresentaram diminuição dos preços: o tomate (-28,87%), o açúcar refinado (-1,56%) e o feijão preto (-0,78%). Os demais registraram alta: o leite integral (68,35%), a batata (30,62%), a farinha de trigo (27,71%), a manteiga (23,11%), o óleo de soja (14,37%), o pão francês (14,1%), a banana (7,2%), o café em pó (6,66%), a carne bovina de primeira (5,16%) e o arroz agulhinha (1,69%).
Salário x preço da cesta básica
O morador do Rio de Janeiro cuja remuneração equivale ao salário mínimo de R$1.212,00 precisou trabalhar durante 131 horas e 22 minutos para adquirir a cesta básica em julho de 2022. Em junho de 2022, o tempo de trabalho necessário havia sido de 133 horas 05 minutos e, em julho de 2021, de 124 horas e 16 minutos. Considerando o salário mínimo líquido (após o desconto de 7,5% da Previdência Social), este mesmo trabalhador precisou comprometer 64,56% de sua remuneração em julho de 2022 para adquirir os produtos de uma cesta básica suficiente para alimentar uma pessoa durante um mês. Em junho de 2022, havia comprometido 65,39% dessa remuneração e em julho de 2021, 61,07%.
1 Comentário
Embora tenha subido a cesta básica no RJ, ainda pode comemorar com baixa dos impostos dos combustíveis q era um dos maiores do país, em breve com baixa do diesel aliviará um pouco cesta básica.