Com água, lavouras de arroz têm bom desenvolvimento, mas seca preocupa

 Com água, lavouras de arroz têm bom desenvolvimento, mas seca preocupa

Colheita do arroz pode sofrer interferência da estiagem. (Foto: Divulgação)

(Por Emater/RS) Praticamente 100% do arroz cultivado no RS o é sob irrigação. Lavouras com bom aporte de água apresentam bom desenvolvimento, favorecidas pela alta insolação. A redução das reservas de água em alguns locais preocupa produtores. O plantio está praticamente finalizado; do total implantado, 4% das áreas estão em enchimento de grãos.

Na Fronteira Oeste, um dos Coredes da regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a situação de algumas lavouras de arroz continua crítica, com reservatórios de água muito abaixo da capacidade de irrigação. Tal situação implica em riscos à produtividade, considerando a maior necessidade de água da cultura a partir da fase reprodutiva. Em Quaraí, as lavouras ainda se encontram em fase vegetativa, e os produtores utilizam moderadamente as reservas de água, considerando a redução de nível dos reservatórios intensificada nas últimas semanas. Em lavouras cujos reservatórios ainda atendem satisfatoriamente a demanda de irrigação para a cultura, é bom o potencial produtivo, se forem mantidas as condições de luminosidade predominantes nos últimos meses.

Na Campanha, produtores estão apreensivos quanto ao risco de falta de água nas barragens e arroios utilizados para a irrigação das lavouras. Em Dom Pedrito, 95% da área de arroz já está em fase reprodutiva, sendo que as lavouras apresentam bom estande de plantas, bom vigor e excelente sanidade foliar. O potencial produtivo das lavouras em Bagé é satisfatório, sendo realizada a segunda aplicação de fertilizante nitrogenado em áreas em início do estádio reprodutivo. De maneira geral, a disponibilidade de água ainda é adequada, à exceção de produtores que dependem de bombeamento em pequenos cursos d’água que já apresentam menor vazão.

Na de Pelotas, o desenvolvimento da cultura segue beneficiado pelo clima quente e seco. O nível de água dos reservatórios diminui rapidamente, inclusive das lagoas, especialmente a Mirim, o que leva os agricultores a aumentarem os cuidados com o manejo da água para minimizar desperdícios. Algumas lavouras já estão na fase floração ou diferenciação da panícula, e continuam a aplicação de adubação nitrogenada e a irrigação, sem relatos de problemas fitossanitários. Os produtores seguem preocupados com os preços de comercialização atuais, em plena entressafra.

Na de Santa Maria, 4% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos. Arrozeiros que usam água de arroios e rios com níveis muito baixos ou já secos estão preocupados, e muitos puxam menos água para a irrigação a fim de não faltar no restante do ciclo da cultura, mas esta estratégia prejudica o potencial produtivo da lavoura. No momento, cerca de 30% dos produtores enfrentam dificuldades para irrigar adequadamente suas lavouras.

Na de Soledade, o manejo da irrigação está racionado, com lâmina de água nos quadros de arroz abaixo do normal, estratégia que favorece a incidência de plantas invasoras; nessas situações as lavouras têm menor desempenho vegetativo, mas ainda são baixos os impactos na produtividade média da região.

Na de Santa Rosa, as chuvas ocorridas de 03 a 05/01 não atingiram as áreas com maior concentração de lavouras de arroz. Isso faz com que as condições de irrigação sejam fortemente afetadas, e as lavouras já mostram perdas de produtividade ao redor de 20%.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a cultura entrou em floração.

Comercialização

Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço da saca de 50 quilos de arroz reduziu 0,23% em relação ao da semana anterior, passando de R$ 62,02 para R$ 61,88.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter