Comercialização e mercado externo em foco

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Maggi: expectativa de crédito e vendas ao México

 A expectativa dos arrozeiros na 27ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz é pela presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Maggi, que poderá confirmar a liberação de recursos de pré-custeio para os produtores que têm acesso ao crédito oficial e renegociações da linha de crédito PSI para quem teve perdas na safra passada. Maggi tem reiterado à cadeia produtiva também a intenção de reformular o sistema de crédito rural no Brasil. O pré-custeio alcança um percentual de produtores (menos de 40%), mas tem papel fundamental em reduzir a pressão de oferta do cereal no primeiro semestre.

Ao mesmo tempo há recurso de Financiamento de Estocagem para Produtos Agropecuários (FEPM) e Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) dirigido às indústrias beneficiadoras disponíveis nos bancos. Não são recursos que alcancem toda a lavoura, mas ajudam a equalizar a baixa natural dos preços após a safra. As aquisições do governo federal (AGFs) para 500 mil toneladas, solicitadas ao governo, estão descartadas por falta de previsão orçamentária.

O que também pode ser anunciado é o avanço das tratativas de exportação de arroz para o México. Um encontro do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, com o ministro Blairo Maggi no início de fevereiro tratou deste tema, que é considerado estratégico.

Duas medidas em nível estadual são esperadas também. Uma delas é a extensão das gratificações para os técnicos do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) para compensar os baixos salários praticados. Em função da faixa salarial, o instituto tem perdido inúmeros pesquisadores para a iniciativa privada. Também é esperado que o governador José Ivo Sartori anuncie o encaminhamento da independência do Irga, ou seja, a liberação dos recursos da contribuição para o desenvolvimento da orizicultura (CDO) diretamente para o instituto e não mais para o caixa único do Estado. A crise econômica gaúcha é um dos empecilhos para essa medida, mas há forte movimentação da classe arrozeira neste sentido.

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