Conselho de Agrometeorologia avalia projeção de lavouras nos próximos meses

Em janeiro, a maior probabilidade é da precipitação ficar pouco abaixo do padrão climatológico no sul do Rio Grande do Sul e dentro do padrão nas demais regiões.

O Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaargs), vinculado à Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), reuniu-se para avaliar prognósticos climáticos sobre o primeiro trimestre de 2006 e emitir recomendações técnicas aos produtores gaúchos. De acordo com o coordenador estadual de Planejamento Agrícola da SAA, Edegar da Silva, “a cultura do milho não deverá ter safra cheia, a lavoura já está sendo afetada em algumas regiões como o Norte e a Campanha. Quanto à soja, nenhum problema foi detectado até agora”. O dirigente não projetou o percentual de perda na colheita do milho.

O Conselho é integrado por representantes do Programa de Seguro Agrícola, da Emater, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do 8º Distrito de Meteorologia, da Federação da Agricultura (Farsul) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag).

Conforme especialistas integrantes do Conselho de Agrometeorologia Aplicada, novembro registrou chuva abaixo da situação normal climatológica em praticamente todo o Rio Grande do Sul. Nos primeiros 20 dias de dezembro, permaneceu a deficiência pluvial, sendo mais intensa no norte do Estado. Com relação ao fenômeno La Niña, tecnicamente não se pode dizer no momento se há ocorrência. Não se descarta, porém, segundo os técnicos, a possibilidade de que se registre um episódio fraco. O fenômeno, entretanto, não apresenta influência considerável na incidência de chuva para o verão em território gaúcho.

Em janeiro, a maior probabilidade é da precipitação ficar pouco abaixo do padrão climatológico no sul do Rio Grande do Sul e dentro do padrão nas demais regiões. Em fevereiro, a maior probabilidade indica precipitação pouco abaixo do padrão na Fronteira Sul e nas Missões e as demais regiões estando dentro do padrão climatológico. Para março, a maior tendência é da precipitação ficar um pouco acima do padrão no Leste e Nordeste (Serra), e dentro do padrão nas demais regiões.

– É preciso explicar que dentro do padrão no verão significa quantidade menor de chuva em comparação com outras estações no Estado – alerta Edegar da Silva.

A temperatura máxima para janeiro ficará pouco abaixo do padrão climatológico no Litoral Sul e em todo Vale do Uruguai e dentro do padrão nas demais regiões. Em fevereiro a temperatura máxima ficará abaixo do padrão climatológico e em março a máxima ficará acima do padrão climatológico. Destaca-se que a persistência das anomalias de chuva prevista para janeiro e fevereiro pode provocar déficit hídrico em algumas regiões, principalmente na Fronteira Sul.

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