Corrientes: ACPA estima quebras em mais de 20% da lavoura de arroz

 Corrientes: ACPA estima quebras em mais de 20% da lavoura de arroz

Jetter: Dificuldades muito além do clima

(Por Planeta Arroz) O secretário da Associação Correntina de Plantadores de Arroz (ACPA), Christian Jetter, alertou na Rádio Sudamericana, em Corrientes, na Argentina, que a produção da província está fortemente comprometida pelas condições climáticas. A seca e o calor extremo afetam em 20% as lavouras e as perdas ainda devem aumentar. “Infelizmente, o setor de arroz está passando por um momento extremamente difícil devido a esta grande seca”, reconheceu.

Salientou que “desde 20 de dezembro, na região de Mercedes não chove, e desde o Natal tivemos temperaturas acima dos 40 graus”. O dirigente, que é engenheiro agrônomo, acrescentou que “as condições foram extremas, muito incomuns e prejudiciais à cultura do arroz”.

Jetter ainda explicou que “o arroz, durante toda a safra, é irrigado e quase todo o rio represado foi consumido por causa dessa temperatura extrema e a falta de chuvas”. Assegurou que “estamos no final da campanha, sem água e vão ter prejuízos muito importantes, já tem agricultores que abandonaram muitos hectares”, ressaltou.

Por isso, reconheceu que “sem dúvida haverá menos produção”, estimando uma queda de 15% na área, “mas dia a dia a perda de superfície está crescendo e isso impactará também sobre os rendimentos e o volume total”.

MERCADOS

Desta forma, a Associação Correntina de Produtores de Arroz (ACPA) reconhece que “um de seus grandes temores é perder os mercados externos”, esclarecendo que “o abastecimento interno está assegurado”. Ele somou a isso o aumento de até 500% dos custos de frete internacional e a diminuição da mão de obra nos portos, principalmente nos últimos dois anos. A província “norteña” representa 50% da área e da produção de arroz longo-fino da Argentina, e previa colher mais de 700 mil toneladas. Corrientes, no Norte da Argentina, faz divisa com a Fronteira-Oeste gaúcha, exatamente onde está uma das mais preocupantes situações de estiagem no Rio Grande do Sul com perdas estimadas entre 8% (São Borja) e 25% (Massambará). (Com informações de Diário 1588, Corrientes)

 

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