Cresce, mas não muito

 Cresce, mas não muito

Primeiras lavouras colhidas tiveram baixa produtividade

Conab revisa para baixo
a expectativa de safra e
produção crescerá 3,7%.

A safra brasileira de arroz 2012/13 terá um aumento produtivo de 3,7%, segundo o levantamento de safra divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em fevereiro. O percentual é menor do que a previsão de janeiro, de 4%, e indica que o Brasil colherá 12,033 milhões de toneladas do grão contra 11,6 colhidas em 2011/12. A superfície semeada do cereal na temporada caiu 0,3%, para 2,419 milhões de hectares, frente aos 2,426 milhões semeados na safra 2011/12.

A produtividade das lavouras foi estimada em 4,974 mil quilos por hectare, superior em 4,1% aos 4,780 mil quilos/hectare verificados na temporada passada. O Rio Grande do Sul, principal estado produtor, deverá alcançar uma safra de 7,918 milhões de toneladas, segundo este levantamento, equivalendo a um avanço de 2,3%. A área prevista é de 1,066 milhão de hectares. A alta é de 1,3%, diante de 1,053 milhão de hectares de 2011/12, com rendimento esperado de 7.424 quilos/hectare, frente aos 7.350 quilos do ciclo anterior.

As primeiras lavouras colhidas no RS tiveram muitos problemas de grãos chochos e baixa produtividade por causa de grandes oscilações climáticas e de temperaturas diurnas e noturnas na época da floração. O excesso de chuvas em algumas regiões também comprometeu a produtividade das primeiras colheitas, porque reduziu o efeito dos fertilizantes e dificultou a aplicação de defensivos e adubação de cobertura.

Santa Catarina, segundo principal estado produtor brasileiro, terá um recuo de produção de 0,6%, totalizando 1,071 milhão de toneladas nesta safra. A queda ocorreu pela deficiência de água de irrigação em algumas regiões produtoras. Já o Maranhão consolida a terceira posição entre os produtores nacionais, com safra que deve alcançar 661,8 mil toneladas, perante as 467,7 mil toneladas colhidas no ciclo 2011/12 por perdas associadas à estiagem.

FIQUE DE OLHO
O aumento de 430 mil toneladas não chega a pressionar o mercado interno, pois o estoque de passagem (em 28 de fevereiro de 2013) será apenas 110 toneladas superior ao ciclo 2012.

O suprimento nacional cairá 450 mil toneladas, para 14,6 milhões de toneladas, somando a produção, as importações e o estoque. O consumo brasileiro se manterá em 12,1 milhões de toneladas e as exportações são projetadas em 1,1 milhão de toneladas. Ou seja, para um suprimento de 14,6 milhões, o Brasil tem destino garantido para 13,2 milhões. O restante será o estoque de passagem (público e privado).

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