Em ato simbólico, Colheita do Arroz nacional começa em lavoura na Embrapa

 Em ato simbólico, Colheita do Arroz nacional começa em lavoura na Embrapa

Ato da Abertura celebrou pujanca conquistada pelo setor arrozeiro, com produção, produtividade, tecnologias e produtor capacitado. Foto: Paulo Rossi

(Por Cris Betemps, Embrapa) Pelo sexto ano consecutivo a Embrapa foi palco de mais uma Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. Nesta quinta, 22 de fevereiro, autoridades e lideranças do setor agrícola se reuniram na área experimental da 34ª edição do evento para celebrar a cultura do arroz, suas inovações, sua produtividade e também solicitar atenção do poder público.

O ato da colheita, aconteceu às 17h, com a apresentação da lavoura Breno Prates, colhendo a lavoura de arroz irrigado com as cultivares BRS Pampa CL da Embrapa e Irga 426 CL. Na oportunidade foi apresentada a lavoura de soja com a cultivar BRS 5804RR da Embrapa e mais a cultivar de soja da Basf, sendo esta colhida como simbolismo da diversificação de culturas. Também foram apresentadas as novidades dos implementos agrícolas utilizados nesta área, as colheitadeiras da New Holland, John Deere e Massey Ferguson e as graneleiras da AgriMec.

Na sequência ocorreram as falas pelas autoridades, assistidas por um grande público, que acompanhou os pontos de crescimento identificados no evento, as melhorias realizadas no setor agrícola nos últimos anos e, é claro, a necessidade de apresentação de reivindicações feitas ao poder público estadual e federal.

A anfitriã do evento, a Embrapa, iniciou sua mensagem com a presença do diretor-executivo de Pesquisa e Inovação, Clenio Pillon, ao representar a presidente da Empresa, Silvia Massruhá. Ele falou que a área experimental da Embrapa ao longo dos seis anos consecutivos mostrou uma trajetória crescente de desenvolvimento de tecnologias que atendem as necessidades dos produtores – produção e produtividade – de maneira saudável, com sustentabilidade.

“A Ciência transformou esse País de um importador de alimentos para um produtor de alimentos trazendo segurança alimentar nacional ao investir muito em tecnologias viabilizadas pelo poder público, mas também muito pelo investimento privado”, agradeceu.

Pillon enfatizou o papel que a agricultura vem assumindo cada vez mais de não ser apenas uma produtora de alimentos, mas de oferecer novos recursos materiais para energia e serviços ambientais. Ele finalizou exaltando que as crises enfrentadas pelo mundo de hoje são de transição alimentar, ambiental e climática, e que a Ciência, através da pesquisa agropecuária, tem papel fundamental como solução desses problemas.

Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), comentou o avanço do setor orizícola nos últimos dez anos, com muita pujança em tecnologias. Mas, ele trouxe a preocupação de como dar segurança ao produtor rural, indicando a necessidade de aumentar suas lavouras em produtividade e mais renda. Para isso, ele destacou o comprometimento do Governo Federal com o RS, que foi o primeiro Estado visitado para discutir essa questão, sugerindo incentivos de crédito ao produtor com taxas de juros abaixo de 10%.

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, iniciou sua manifestação mostrando que o RS é arrozeiro. “São 200 municípios que dependem desta cultura e por isso temos o compromisso de buscarmos tecnologias, cultivares e manejos” , disse. Ele fez um pedido ao Governador do RS, Eduardo Leite, de aumentar as verbas para as pesquisas do Irga. Ele agradeceu a todas as entidades parceiras – especialmente a Embrapa, Senar, Farsul, Irga e a toda a equipe da Federarroz, ressaltando ser esta a maior abertura de colheita do Brasil.

Eduardo Leite falou que o Governo do RS quer ser um facilitador e dar oportunidade para empreendedores do campo. Ele respondeu a reivindicação de Alexandre Velho sobre o pedido de verba para o Irga, explicando que houve uma perda de arrecadação devido ao projeto federal de redução do ICMS dos Estados. Mas, que ele já trabalha junto às secretarias de Planejamento e da Fazenda no sentido de liberar essa verba para o Instituto e, que isso, será feito em breve.

O ato foi finalizado com a tradicional saudação ao arroz colhido nos silos com todas as autoridades presentes na cerimônia.

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