Entre altos e baixos

 Entre altos e baixos

Tocantins: avanço na tecnologia reflete na produção

A produção no Mato Grosso, Tocantins e Maranhão ultrapassará 1,73 milhão de toneladas
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Qualidade tornou-se a palavra de ordem nos três principais estados produtores de arroz brasileiro fora da Região Sul: Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. A evolução tecnológica – pelo avanço de modernas e eficientes práticas de manejo, novas, mais produtivas, e adaptadas variedades e investimentos em estruturas industriais de ponta – além da organização setorial, marca uma nova fase na orizicultura das regiões produtivas destes estados. É diante deste panorama que eles começam a colher a safra 2014/15, cada um com suas particularidades. Nestes três estados, conforme a Conab, a produção de arroz deverá somar 1.732,1 milhão de toneladas colhidas em pouco mais de 670 mil hectares.

O sétimo levantamento da safra de grãos, divulgado em abril pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), coloca o Tocantins como o terceiro maior produtor de arroz do Brasil. Com regiões distintas de produção de arroz de terras altas e irrigado, o grande estado do Norte trabalha visando maior participação nos mercados do Nordeste, especialmente do Maranhão, além de Goiás e Minas Gerais.

Com respaldo de uma indústria fortalecida e com ótima capacidade de processamento – historicamente ociosa, os rizicultores tocantinenses devem colher 585 mil toneladas do cereal nesta temporada, volume 7,6% superior à safra 2013/14. Em área, o crescimento foi de 7,9%, para 122,9 mil hectares, 9 mil a mais do que na temporada passada. Ainda de acordo com a Conab, a área de arroz irrigado corresponde a 83.340 hectares nesta safra.

A principal região produtora do Tocantins é o polo de Lagoa da Confusão, que cultiva arroz irrigado e utiliza variedades gaúchas e catarinenses. Nesta região, a produtividade deve aproximar-se de 6 mil quilos por hectare, mas as áreas de cultivo de arroz de terras altas e sequeiro, com uso de baixa tecnologia, vão afetar o rendimento médio do estado, que deve ficar em 4.760 quilos por hectare. A produtividade é de 0,3%, ou 13 quilos, menor do que na temporada passada. Uma estiagem em janeiro, o uso de sementes não adaptadas em algumas áreas e o ataque de brusone, doença fúngica limitante da produção de arroz, afetaram a safra.

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