Estabilidade para o Mercosul

 Estabilidade para o Mercosul

Uruguai: preços impactaram mais na dimensão das lavouras do que o próprio clima

Quatro países arrozeiros do Conesul praticamente irão repetir a produção

O conjunto dos quatro países arrozeiros que formam o Mercosul, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, praticamente repetirão a produção da safra 2021/22 na temporada 2022/23, mesmo que a superfície semeada apresente uma redução significativa.

Estimativas baseadas em números oficiais dos governos e entidades desses países, mais Usda, FAO e consultorias privadas, apontam para uma área total cultivada em 2,032 milhões de hectares. A produção do Mercosul está sendo projetada em 14,365 milhões de toneladas, volume que deverá resultar em praticamente 2,5 milhões de toneladas de excedentes exportáveis. No geral, a tendência é de que a safra seja apenas 0,5% menor do que no ciclo passado.

É importante frisar que essa expectativa leva em conta a esperança de que se concretize um clima mais favorável do que o registrado na temporada passada, com médias de rendimento de campo superiores ao ano passado.

Frente a 2020/21, a área deverá encurtar 5,2%, ou 111,2 mil hectares, mas o volume total de colheita será apenas 79,1 mil toneladas menor.

Enquanto Brasil, Argentina e Uruguai reduzirão as lavouras, o Paraguai tende a apresentar crescimento de 15 mil hectares, até 175 mil/ha, após acumular problemas de clima que impediram a expansão maior e exigiram um recuo nos últimos anos.

Mudança
Parte das lavouras mudou de região para garantir o abastecimento de água para a irrigação, um grande problemas nos últimos três anos sob influência do fenômeno La Niña.

Cerca de 80% do arroz paraguaio, que deverá somar uma colheita de um milhão de toneladas nesta temporada, são exportados, sendo que 75%, ao menos, para o Brasil, que é o grande consumidor regional.

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