Estratégias para custos de produção em debate na Abertura da Colheita do Arroz

 Estratégias para custos de produção em debate na Abertura da Colheita do Arroz

O arroz em destaque na Abertura da Colheita, em Capão do Leão. (Foto: Fagner Almeida/Federarroz)

(Por Nestor Tipa Jr, Federarroz) A questão dos custos de produção da lavoura, que preocupam os orizicultores, será tema de debate na quinta-feira, 17 de fevereiro, durante a 32ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. Com o tema “Custos de produção como diferencial estratégico”, o painel terá a participação do sócio da consultoria Safras & Cifras, Alessandro Azevedo Acosta, e do diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), João Batista Camargo Gomes, com a moderação do engenheiro agrônomo e produtor rural em Camaquã (RS), José Carlos Gross.

Segundo Gomes, o debate sobre este tema é pertinente e adequado para o momento, pois houve uma elevação muito grande na questão dos insumos e o produtor terá que enfrentar uma próxima safra sem saber exatamente ainda que custo terá. “Além do custo dessa safra que estamos passando, é preciso abordar uma possibilidade e perspectiva para a próxima safra. Pois aí sim, nesta que estamos o produtor conseguiu comprar os insumos em um período adequado com preços mais compatíveis com a realidade como fizeram mais no início. Em relação à próxima safra temos um problema instalado pois além dos custos não terem baixado ainda, não sabemos o que vai acontecer e o mercado se apresenta de uma forma preocupante”, destaca.

Acosta avalia que os custos são estratégicos na atividade rural porque eles compõem a relação direta entre custo, preço e produtividade. “Uma relação entre estas três variáveis é o que vai dar o resultado econômico de uma propriedade. Entendo que os custos têm um papel fundamental por ser ele o principal fator de vantagem competitiva do produtor. Quando falamos de produtividade, tivemos avanços importantes, mas mesmo assim não temos o pleno controle desta variável, pois também dependemos do clima. Sobre o preço, é um outro componente, que também não temos o pleno controle”, observa.

Para Gross, os custos da lavoura sempre foram um ponto crucial na atividade orizícola. Porém, na próxima safra, este tema será de grande importância e será a tônica do setor. “É o assunto mais importante no próximo período. A elevação dos custos, especialmente dos insumos básicos como o adubo e o óleo diesel tiveram um aumento desproporcional em relação aos valores dos grãos. Desta forma, a análise dos custos para a safra que vem será o fator principal para a tomada de decisão quanto na área da cultura e nos investimentos em tecnologias a serem adotados. Quem não fizer esta análise de forma rigorosa poderá colocar o seu negócio em risco”, comenta.

Com o tema “A Produção de Alimentos no Pós-Pandemia. Novos Patamares, Novos Desafios”, o evento, de 16 a 18 de fevereiro na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado em Capão do Leão (RS), seguirá o formato híbrido com atividades presenciais e on-line. A programação contará com as vitrines tecnológicas, feira, palestras e debates, homenagens e ato da Abertura Oficial. A organização é da Federarroz com correalização da Embrapa e patrocínio Premium do Irga e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Informações e inscrições podem ser obtidas pelo aplicativo Colheita do Arroz ou no site www.colheitadoarroz.com.br.

1 Comentário

  • Debater o que Srs… Tem herbicida que custava R$ 19 ano retrasado hj custa R$ 110,00! Vamos voltar pro Ordram (pinga-pinga)… Mesmo com dinheiro não haverá dissecante! A tonelada do adubo que valia R$ 2.000,00 esse ano foi para R$ 5.000,00 e ainda tava escassa. Ano que vem se o pessoal plantar arroz vai ser com pouquissima tecnologia! Teremos colheitas bem menores. Talvez dai teremos preços justos e remuneradores. Enquanto isso o pessoal que tem pivô vai colher entre 130/150 sacos de milho por hectare e, 80/100 sacos de soja por hectare. Parem de comprar colheitadeiras e tratores e invistam em pivôs! É caro? É… mas se não der ano de chuvarada, o retorno é garantido! E aos teimosos, cabeçudos e burros, plantem com menos tecnologia ou plantem menos com boa tecnologia! É 10x melhor colher 250 por quadra e vender por R$ 100 do que colher 400 e vender por R$ 50… Nessa Festa ai o tal grupo organizador deveria trabalhar esse tema com os produtores! Essa história de reduzir custos remonta de 10 anos atrás e até agora não vi efeitos práticos, bem pelo contrário, os arrozeiros tem amargado muitos prejuizos de 2010 para cá! União e Coletividade… a indústria se diverte em cima de nós em função da desunião e da competição dentro do setor! E vão querer comprar 75% da nossa próxima colheita por R$ 55/60… Abram bem os olhos! Eles vão fazer isso… Se organizaram prá! Tem muita gente com arroz guardado da última safra. Bastante arroz. E se esse produto não sair do país muito em breve teremos um 2022 pior do que foi 2021! Boa colheita.

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