Fenarroz vira fórum do agro
Mais de 20 palestras estão programadas para os 6 dias de realização do evento
(Por Robson Neves/Revista Planeta Arroz) Mais de 20 palestras foram preparadas para apresentar cenários agropecuários, provocar debates e proporcionar conhecimento a produtores rurais, profissionais do agronegócio e estudantes durante a 23ª Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), que inicia nesta terça-feira e se estende até o próximo domingo em Cachoeira do Sul. Neste ano seis seminários estão na programação técnica da Fenarroz, que diversifica o leque de palestras focando também em culturas como a noz-pecã e a soja, além do turismo rural, atividade que vem ganhando força no Rio Grande do Sul.
Para esta terça-feira, quando serão abertos os portões do Parque de Exposições Ivan Tavares para a maior feira de Cachoeira, está programado o 15º Seminário do Arroz Irrigado, organizado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Além de dados sobre a safra, o Irga irá apresentar resultados de pesquisa de terras baixas para a região e novas recomendações para a adubação da lavoura de arroz.
O seminário “Desafios do programa Duas Safras” trará a Cachoeira na quarta-feira o presidente da Farsul, Gedeão Silveira Pereira, que abordará na Fenarroz os desafios da intensificação e diversificação agropecuária gaúcha. Logo depois de Pereira, o economista da Farsul, Antônio da Luz, irá apresentar os cenários, tendências e desafios do mercado de grãos. Essas duas palestras são consideradas destaques da 23ª Fenarroz.
TURISMO
Em expansão no estado, o turismo é um mercado a ser explorado e pode virar uma boa alternativa de renda com vários focos, como a história local, a gastronomia ou o contato com a natureza. As oportunidades desse mercado serão abordadas na quinta-feira, pelo analista de articulação de projetos do Sebrae, Carlos Henrique Karsten Jr., no seminário “Turismo rural e desenvolvimento regional”. Neste mesmo dia o secretário estadual do Turismo, Vilson Covatti, palestrará sobre os potenciais turísticos do Rio Grande do Sul. Todas as palestras acontecerão no Auditório Ito Zimmer, junto ao Ginásio da Fenarroz.
PARA SABER MAIS
Os seminários da 23ª Fenarroz
AMANHÃ
9h – 15° Seminário do Arroz Irrigado – Irga
NESTA QUARTA
9h – Seminário “Desafios do programa Duas Safras”
FERIADO DE QUINTA
14h – Seminário “Turismo rural e o desenvolvimento regional”
SEXTA-FEIRA
9h – Seminário “Terras altas UFSM/Uergs”
SÁBADO
9h – Seminário Agrícola Noz- Pecã 2023
14h – Seminário “Mulher no agronegócio”
TRÊS PERGUNTAS PARA
Cleiton Santos, editor da revista Planeta Arroz e diretor de agronegócios da 23ª Fenarroz
O que destaca da programação técnica 23ª Fenarroz?
“Sob a orientação do vice-presidente de orizicultura, Pedro Hamann, e o vice-presidente de pecuária, Fernando Cantarelli, procuramos disponibilizar aos expositores, produtores, técnicos, estudantes e demais interessados do agronegócio regional temas atuais, que envolvem tecnologia, mercados, alternativas, intensificação e rotação de cultivos. É uma programação abrangente, com o foco principal no arroz, mas que também vai tratar da soja, do milho e das pastagens em terras baixas e nas coxilhas, do turismo rural, de irrigação, de inovação, de fruticultura, como noz-pecã e olivicultura, e da participação da mulher no agronegócio”.
Do ponto de vista tecnológico, o que destacar?
“Já na abertura, nesta terça-feira, teremos o seminário de entrega de resultados das lavouras e das pesquisas de arroz do Irga, que além dos avanços tecnológicos e do desempenho das culturas de terras baixas, teremos a abordagem das novas recomendações de fertilização e uso de geotecnologias na lavoura arrozeira. E o painel: ‘Transformações e tendências da nova lavoura de terras baixas’, que terá como painelistas alguns dos principais nomes do assunto no país, como a pesquisadora Mara Grohs (Irga), o professor Enio Marchesan (UFSM), o professor Paulo Régis (Irga/UFRGS), o líder da área de desenvolvimento agronômico da Basf, Guilherme Thorm, e o produtor Jair Buske, que é uma referência em intensificação e diversificação de cultivos. Os gargalos, os pontos fortes e as metas futuras desta transformação da agricultura em várzeas serão expostos, falando sobre o ponto em que estamos e o que fazer para chegar ao nível de suficiência e eficiência desejado, e o que a ciência oferecerá neste caminho”.
E sobre mercado?
“Teremos dois momentos importantes na quarta-feira, dia 7, que é a exposição do presidente da Farsul, Gedeão Pereira, sobre o programa Duas Safras, que visa a conversão tecnológica e pela irrigação fortalecer a agricultura gaúcha, com foco especial na produção de soja e milho, e intensificar a produção de 1,1 safra por ano para até mais de duas safras, e tornar o Rio Grande do Sul autossuficiente, em especial no milho, para abastecer as cadeias produtivas de aves e suínos. O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, também falará sobre os cenários atuais e futuros dos grãos. Haverá ênfase no arroz, mas ele abordará também soja, milho e carnes, dando o enfoque necessário ao novo perfil da Fenarroz e da propriedade arrozeira, que é multigrãos, que tem foco no conjunto do agronegócio”.
1 Comentário
Acredito q para tornarmos autosuficiento em milho tem fazer barragens ou investir em açudes planejados na propriedade q comportar espaço ocioso. Parece foi em Camaquã q vi uma reportagem onde tem baragem para mais cem mil hectares, mas me corrijam se for outra cidade, ali vi um soja sendo irrigado por inundação , parecia q nem era no RGS q está anos luz aradado nesse requisito, onde o Uruguay é bem mais avançado nesse quesito. Caçapava do Sul tem um projeto pronto e pago no governo Brito de uma barragem, será q não dá pra conciliar com geo parque e tornar o local mais atrativo.