Firmes, mas não muito

 Firmes, mas não muito

Patrício: estoques menores

Preços mundiais apresentam-se menos firmes no final de julho, com oferta mais agressiva.

 Em julho, os preços mundiais se mantiveram firmes, mas registrando uma queda no final do mês à medida que a oferta de exportação torna-se mais abundante. O governo tailandês prossegue com sua política de liquidação massiva de seus estoques antigos. As colheitas no hemisfério norte se anunciam boas. No entanto, os preços mundiais devem permanecer firmes, influenciados por novas demandas de importação no Sudeste Asiático durante a segunda metade do ano. O aumento da produção mundial em 2016 não será suficiente para satisfazer as necessidades totais pelo terceiro ano consecutivo.

Segundo o analista do mercado internacional Patrício Méndez del Villar, economista do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França, que elabora o informativo mensal do mercado mundial do arroz (Interarroz), diante deste cenário será preciso que os países recorram novamente às reservas mundiais para atender ao consumo global. “As primeiras estimativas de estoques em 2017 indicam uma nova redução, para 165 milhões de toneladas”, acrescenta. Em 2015 o comércio mundial recuou 1%, para 44,1 milhões de toneladas.

“O comércio se mantém relativamente estável desde 2013. A demanda de importação do Sudeste Asiático tende a se contrair, mas espera-se um mercado mais ativo durante o último trimestre do ano”, afirma. De acordo com as últimas previsões, o comércio mundial poderia novamente baixar 1% em 2016, para 43,8 milhões de toneladas. “Além da redução da demanda asiática, espera-se também uma contração da demanda africana”, explica Méndez del Villar.

Os estoques mundiais de arroz terminaram 2015 relativamente estáveis, em 174 milhões de toneladas. Já as previsões para 2016 indicam uma diminuição de 2,5%, para 169,5 milhões de toneladas, compensando o fraco crescimento da produção global. As reservas representam 33% do consumo mundial, sendo o nível mais baixo dos últimos quatro anos.

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