Hegemonia indiana

 Hegemonia indiana

Índia: apesar das dificuldades, mantém liderança global em vendas

Contrariando expectativa inicial, a Índia deve
manter-se na liderança
das exportações mundiais
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 Pelo terceiro ano seguido, em 2016 a Índia deve confirmar a liderança global nas exportações de arroz. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), apesar das dificuldades e da retração de 15% sobre os embarques em 2015, os hindus devem confirmar a venda de quase 10 milhões de toneladas métricas de arroz (base casca) para outros países. Entre os produtos exportados estão os arrozes longo-fino, longo e de grão curto e as variedades aromáticas, lideradas pelo basmati. Com uma safra maior, espera-se que em 2017 a Índia mantenha essa liderança global e retome negócios próximos de 11,5 milhões de toneladas, o que equivale a praticamente um quarto de todo o comércio mundial.

A Tailândia manterá o segundo lugar entre os grandes exportadores com cerca de 9,6 milhões de toneladas de arroz (base casca), uma retração de 200 mil toneladas sobre o volume alcançado em 2015. Também são consideradas diversas espécies de arroz: o longo-fino (exportado para as Américas e a África), o curto (negociado para os países da Ásia), até o jasmine, aromático (remetido ao mundo todo). A Tailândia enxugou praticamente pela metade um estoque altíssimo, remanescente de uma política frustrada de retenção para subir preços adotada por seu governo anterior, que foi deposto.

Com problemas de armazenamento o cereal perdeu qualidade e milhões de toneladas, impróprias para consumo humano, foram negociadas para produção de etanol. Parte dos estoques também foi negociada para a produção de rações em função da perda de qualidade. Sobraram 10,7 milhões de toneladas das safras recentes, mas 2 milhões de toneladas – de qualidade inferior – serão destinadas a mercados marginais e 1,2 milhão de toneladas são de aromáticos.

No Vietnã as exportações caíram 25%, para 4,9 milhões de toneladas contra 6,5 milhões de toneladas (base casca), em 2015 segundo reporta o analista Patricio Méndez del Villar, do Cirad (França), em seu boletim mensal do mercado internacional (InterArroz). As exportações para o sudeste asiático caíram 23%, compensadas em parte por maiores vendas à África e Europa. Estes destinos representam 20% do total das exportações vietnamitas contra 70% para o continente asiático. A China manteve-se como maior importadora mundial do arroz, com volume aproximado de 5,8 milhões de toneladas, seguida da Nigéria, com quase 3 milhões de toneladas adquiridas no exterior, inclusive via contrabando.

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