Irga orienta o manejo de pragas

Prejuízos provocados por pragas na lavoura de arroz motivaram o Irga a orientar o produtor quanto a cuidados específicos para cada espécie de insetos, muitas ainda desconhecidas pelo orizicultor.

Prejuízos provocados por pragas na lavoura de arroz motivaram o Irga a orientar o produtor quanto a cuidados específicos para cada espécie de insetos, muitas ainda desconhecidas pelo orizicultor. Segundo o pesquisador da Estação Experimental de Cachoeirinha Jaime Oliveira, a atual fase de implantação da cultura é o período ideal para investir no manejo integrado de pragas.

‘É importante começar logo a observar a planta e a incidência de pragas por amostragens.’ Quanto mais cedo a identificação, ressalta o agrônomo, maior o controle das populações de insetos e do uso de agroquímicos, reduzindo-se, assim, o impacto ambiental.

Na fase atual, o maior inimigo é a bicheira de raiz, coleóptero que reduz em até 20% a produtividade. ‘Clima e alimentação farta favorecem o ataque da Oryzophagus oryzae e outras 5 espécies. Ela coloca seus ovos no colmo da planta irrigada 20 dias após a germinação e as larvas que surgem destroem o sistema radicular em dias.’ Dos 1,07 milhão de hectares de arroz irrigado na última safra gaúcha, a bicheira-de-raiz foi detectada em 600 mil ha.

‘A amostragem consiste em arrancar cinco afilhos da planta, colocá-los num balde e agitar. Se a operação resultar em mais de duas larvas, dá para se preocupar. Uma só se alimenta durante os 28 dias do ciclo, comprometendo em 1,5% o rendimento.’

A orientação do Irga é a aplainagem do solo; drenagem da área após a colheita, impedindo a reprodução do inseto; e eliminação da resteva, taipas e canais próximos à lavoura. Provocam estrago ainda a lagarta-da-folha e a lagarta-da-panícula. A primeira ‘ataca as folhas na pós-emergência ou na emissão da panícula’.

O controle se dá na lavração, quando exemplares enterrados sobem até a parte área, virando alvo fácil para aves. ‘A lagarta-da-panícula se abriga junto à água e sobe à noite para se comer, cortando cachos da panícula.’ Ele recomenda abrir a planta para observar a incidência.

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