Irga trabalha para manter os preços do arroz

Os representantes da cadeia produtiva do arroz estiveram reunidos hoje na sede do Instituto Rio-grandense do Arroz, em Porto Alegre, para definir a normatização de mecanismos de contrato de opção privado para segurar os preços do arroz em alta. A queda nos preços é um efeito natural forçado pelo início da colheita, que deverá se intensificar nas próximas semanas. A saca com 50 quilos está sendo comercializada atualmente entre R$ 37,00 e 38,00, na região central do estado, valor que já atingiu a histórica marca de.

Os representantes da cadeia produtiva do arroz estiveram reunidos hoje na sede do Instituto Rio-grandense do Arroz, em Porto Alegre, para definir a normatização de mecanismos de contrato de opção privado para segurar os preços do arroz em alta. A queda nos preços é um efeito natural forçado pelo início da colheita, que deverá se intensificar nas próximas semanas. A saca com 50 quilos está sendo comercializada atualmente entre R$ 37,00 e 38,00, na região central do estado, valor que já atingiu a histórica marca de R$ 42,00 em algumas negociações feitas no ano passado.

A mobilização dos principais representantes dos produtores de arroz é para não deixar desvalorizar o produto no mercado. Segundo Marco Aurélio Tavares, diretor de mercado da Federação de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), na semana que vem os representantes da cadeia produtiva voltarão a se reunir para definir os mecanismos de opção privados, que serão o leilão de prêmios e o leilão de opção. “Somente após a conclusão da proposta será possível explicar como funcionarão esses mecanismos”, observa Tavares. O objetivo é dar sustentabilidade aos preços de comercialização da safra que está começando a ser colhida. “O desafio é equalizar a oferta e a procura, mantendo os bons preços”, observa.

RECEITA – O empresário Alfredo Treichel, que trabalha com a produção e também com a industrialização de arroz, diz que a união dos produtores é um dos fatores mais importantes para manter os preços em alta. “O preço só irá se manter bom se o produtor não estiver devendo e precisando de dinheiro a curto prazo. Acredito que o melhor é segurar o produto para ir vendendo os grãos mensalmente, garantindo reservas para o ano todo”, receita Treichel. Um dos fatores que está colaborando para a manutenção dos preços do arroz é o corte do Governo Federal nas importações do cereal em casca produzido nos países da Ásia. A medida é preventiva em conseqüência da gripe do frango.

Segundo Alfredo Treichel, uma análise que deve ficar bem clara é quanto à forma de pagamento do arroz. “O arroz que é pago à vista está valendo entre R$ 37,00 e R$ 38,00, isso para o produto que tem entre 62% e 64% de grãos inteiros. Sei de negociações que chegaram a R$ 42,00 a saca de arroz, mas este valor será pago em 60 dias. Em 2003, o arroz foi comercializado em média a R$ 32,20 no Rio Grande do Sul. Trocar o arroz por dinheiro é uma coisa. Trocar a produção por uma esperança é um risco”, alerta Treichel.

Segundo Marco Aurélio Tavares, as lideranças arrozeiras do Rio Grande do Sul ainda não definiram uma meta de preço mínimo para a saca de arroz. “A mobilização pelo planejamento de ações que visam segurar o preço do arroz não está encerrada. Essas discussões e negociações são abrangentes e demoradas”, observa Tavares. O Irga está distribuindo pelo estado cartazes contendo 16 razões para que os preços do produto não caiam demais durante a safra.

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