Liderança imbatível

As quatro maiores empresas em beneficiamento e comercialização de arroz no Rio Grande do Sul – e provavelmente no Brasil – seguem as mesmas. A Camil Alimentos, com cinco unidades gaúchas, segue liderando com grande vantagem o ranking com 13,99% do volume arrecadado, enquanto a Josapar permanece em segundo lugar com suas duas unidades representando 7,51% da arrecadação. São os gigantes do setor. A Pirahy Alimentos, também com duas plantas, alcança 3,68%, seguida de perto pela Arrozeira Pelotas, uma das grandes exportadoras de grãos de alta qualidade, com 3,59%.

A Urbano Agroindustrial fecha o Top 5. Com sede em Santa Catarina, tem sua planta de São Gabriel posicionada com quinta maior no ranking gaúcho, com 3,16% de participação na CDO, avançando sobre a vaga anteriormente ocupada pela SLC Alimentos.

A SLC caiu para 35ª no ranking depois de ter sido adquirida pela Camil em outubro de 2018. A CAAL, de Alegrete, que tem na terceirização de serviços – inclusive para a SLC – uma forte fonte de receitas, recuou da 10ª posição para a 15ª, enquanto Nelson Wendt & Cia, de Camaquã, desceu duas posições de 9º para 11º. Entre as 10 maiores, a novidade é a presença da empresa Pilecco Nobre Alimentos, da cooperativa catarinense Cooperja, que tem unidade em Santo Antônio da Patrulha, e do Engenho A.M, que figuravam entre os 15 na temporada 2018. No período, só confirmaram o crescimento.

As cinco primeiras empresas somam 31,93% do recolhimento da taxa de incentivo à orizicultura, que é paga pelo produtor no ato da comercialização. Para facilitar a “logística” do dinheiro, quem recolhe os recursos ao Caixa Único do Estado são as empresas.

Mudanças
O Irga divulgou nota, juntamente com o ranking das maiores indústrias em arrecadação da taxa CDO, explicando que em virtude de diversos fatores, no ano de 2020 não houve a publicação do Ranking 2019. Por esta razão, uma das prioridades da nova Diretoria Comercial, que tomou posse em dezembro, depois de mais de dois anos de cargo vago, foi a produção de dados, em conjunto com a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, que é responsável pela arrecadação do tributo. A meta foi dar transparência aos valores e também ao perfil industrial da cadeia produtiva no estado.

“A partir daí, em conjunto com as entidades e em virtude dos dados disponíveis, foi combinado alterar os critérios de classificação das empresas, ampliando o nível de corte para 60 e considerando o percentual de recolhimento da taxa CDO. Anteriormente, o nível de corte era 50 e o critério de classificação era a quantidade de arroz beneficiado”, diz a nota.

Esta divulgação visa suprir a lacuna deixada no exercício 2020, sendo que para 2021 haverá novo estudo dos dados do recolhimento 2020, em conjunto com as entidades representativas, a fim de buscar o critério mais adequado e que o resultado seja o melhor para toda a cadeia do arroz. Os números de 2020 devem ser divulgados até o final de maio, segundo estimativa inicial do Irga.

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