Mais um milhão

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Mercosul aumentará área, produtividade e produção em 2024/25

As primeiras estimativas da safra 2024/25 nos quatro países produtores de arroz que são relevantes no Mercosul, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, indicam que o bloco econômico deverá ampliar em 6,7% a área semeada na nova temporada (107,95 mil hectares) e em 1,034 milhão de toneladas (7,2%) a produção do cereal. Os números, superlativos, estão projetados em cima de fatores como a expectativa de um clima favorável à cultura, caso de um La Niña de fraca intensidade, que deverá iniciar na primavera, com barragens e reservatórios de água a pleno e, também, os ótimos preços praticados no Mercosul ao longo de 2023 e 2024.

No Brasil, maior produtor, consumidor e importador do bloco, espera-se um avanço de 3,4% (ou 55 mil hectares) da área, quase toda ela concentrada no Rio Grande do Sul. Nesse estado, a única região que não deverá registrar aumento na superfície plantada é a Central, duramente afetada pelas inundações históricas de outono. A produção brasileira deverá crescer 5,4%, para 11,17 milhões de toneladas, em base casca, cerca de 600 mil toneladas. Como exportou pouco, o país deverá entrar o ano com estoques maiores que, somados ao avanço produtivo, deverão trazer maior tranquilidade ao governo brasileiro, que parece ter esquecido a aventura de patrocinar importações da Ásia.

Segundo as estimativas iniciais, todos os países ampliarão a área semeada e a produção. Percentualmente, o Paraguai deverá atingir um avanço de 14,7% em produção, alcançando 1,29 milhão de toneladas. Já o Uruguai, único que reduziu área em 2023/24, deverá ampliar suas lavouras para 172,5 mil hectares, ou 16,1%, para a nova temporada.

Com isso, os quatro países deverão somar 2.251.500 hectares semeados, com crescimento de 5% sobre a última temporada, e alcançarão uma colheita de 15,462 milhões de toneladas, ou 7,2% a mais do que na safra passada. Com estoques maiores e produção em alta, além da boa safra dos EUA e da Ásia, mais a volta da Índia ao mercado fornecedor, espera-se preços menores do que em 2024 no Conesul da América na próxima temporada. Mas, como aprendemos nos últimos tempos, tudo pode mudar.

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