Melhoria do clima favorece safra de arroz replantada pós-cheias
(Por Grupo Difusora) As cheias do ano passado impactaram a agricultura no Alto Vale do Itajaí, prejudicando diversas culturas. O arroz foi a cultura mais afetada, exigindo diversos replantios. Apesar dos prejuízos, a melhoria do clima permitiu aos agricultores realizar o manejo das cultivares.
O líder do projeto grãos do Alto Vale do Itajaí, da Epagri, Ricieri Verdi explica que diversas culturas foram prejudicadas em diferentes estágios de desenvolvimento. “O exemplo de lavouras de arroz, onde tivemos áreas que foram replantadas até quatro vezes. A parte de sequeiro, também, onde tivemos problemas, principalmente na lavoura de feijão, foram exterminadas. Na lavoura de milho, elas já estavam um pouco mais estabelecidas, mas também tivemos alguns problemas, tanto nos tratos culturais, quanto também no desenvolvimento da planta, devido à baixa radiação solar e dificuldades no seu crescimento e desenvolvimento da planta. Na soja, tivemos problemas não diretamente na lavoura, mas a gente teve um atraso no plantio”, explica.
O arroz foi a cultura que mais sofreu com as enchentes. Além da planta ter sido afetada logo no início de sua implementação, foram necessários diversos replantios como detalha Ricieri. “Então, eles fazem uma ressemeadura em cima daquele que restou. Vai ter o desenvolvimento das plantas, mas toda a parte de manejo fica comprometida. Porque a gente tem plantas de diferentes estágios de desenvolvimento e assim começa a perder um pouco, seja na aplicação de fertilizantes quanto dos outros tratos culturais”, ressalta.
Expectativa é de uma boa safra
Ricieri explica que após o período de chuvas, os agricultores conseguiram realizar o manejo das cultivares. Ele ainda comenta que mesmo com todos os prejuízos, há a expectativa de uma boa safra. “O clima deu uma alinhada, em condições em gerais. A gente viu a soja se estabelecendo, o arroz tem um potencial enorme de resiliência e o milho também, mas é aquela questão, o potencial produtivo dele ficou aquém. A gente não deve se iludir que pode ter uma enorme safra”, relata.