Menor área, maior produção
Os quatro países do Mercosul – ainda que a Argentina tenha se afastado das negociações de um tratado com a Europa sob protestos de seu setor produtivo – enxugaram a área plantada com arroz na temporada 2019/20, mas terão uma produção maior do que esperado. A área arrozeira nos quatro países, segundo seus organismos oficiais, reduziu 2,6%, ou 58,1 mil hectares, de 2.204 milhões de hectares na temporada 2018/19 para 2.146 milhões. A maior queda em hectares ocorreu no Brasil, 47 mil hectares, enquanto o Paraguai seguiu praticamente estável.
Com boas produtividades devido à alta radiação solar entre novembro e março, o conjunto das lavouras do ConeSul apresentarão um crescimento de 2,2% sobre a colheita passada, passando de 13,89 milhões de toneladas para 14,15 milhões de toneladas. O avanço é de 252,1 mil toneladas sobre a temporada anterior, o que amplia a margem para as exportações.
O consumo deve sofrer pequeno ajuste por conta da pandemia da covid-19, que forçou uma antecipação nas compras e isso levou a uma demanda um pouco maior com a alimentação em casa provocada pela quarentena. Os números tendem a ser ajustados, em especial no Brasil, onde o Rio Grande do Sul colhe uma safra maior do que o previsto, e no Uruguai, onde as produtividades superam as 8,3 toneladas por hectare.
De acordo com os últimos boletins, o Brasil deve colher uma área de 1,65 milhão de hectares e 10,73 milhões de toneladas, enquanto a Argentina colherá 1,19 milhão de toneladas em 190 mil hectares. O Paraguai, em 168 mil hectares chega a uma safra de 1,09 milhão e o Uruguai conclui a colheita com 1,13 milhão de toneladas em 137 mil/ha.