Mesmo com o preço caindo há 14 meses, arroz está 56% mais caro do que há três anos

 Mesmo com o preço caindo há 14 meses, arroz está 56% mais caro do que há três anos

(Por R7) As quedas sucessivas no preço do arroz desde o início de 2021 podem dar aos consumidores brasileiros a impressão de que, enfim, o alimento está barato. Mas essa conclusão passa longe da verdade. Apesar das 14 reduções mensais seguidas, o valor do cereal ainda está 56% mais alto do que o cobrado em fevereiro de 2019, há três anos.

Levantamento usou como base os dados apurados mensalmente pelo Procon de São Paulo.

No segundo mês de 2019, o saco de arroz de 5 kg era vendido nas prateleiras do país por R$ 11,80 em média. A alta do dólar no Brasil tornou a venda para o exterior muito mais atrativa para os produtores nacionais. Com isso, a quantidade menor do alimento no mercado interno fez o preço disparar. Em dezembro de 2020, ele atingiu o maior valor: R$ 24,06, mais de 100% de aumento.

Veio 2021 e, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP (Universidade de São Paulo), a diminuição no consumo interno e as exportações aquém do esperado resultaram em elevação dos estoques de arroz e fizeram o preço cair.

Apesar de a moeda americana ter continuado com câmbio em alta em 2021, pesou para os brasileiros deixarem o alimento de lado o histórico recente de inflação no produto e a queda de poder de compra geral verificada em todo o país, com desemprego elevado e preços salgados em todos os setores.

Em 2022, a queda do dólar também ajuda a explicar as duas reduções no preço do cereal verificadas em janeiro e fevereiro.

Dos R$ 24,06 cobrados por 5 kg do alimento em dezembro de 2021, o preço caiu para R$ 18,43 em fevereiro deste ano (o último dado disponível no Procon-SP) — 24% menos, mas longe ainda dos R$ 11,80 de três anos atrás.

2 Comentários

  • De fato, o site R7 não está dizendo nenhuma inverdade! Há 2 anos atrás vendíamos 5 kg de arroz por R$ 11,80… Só que o custo do produtor era R$ 47,00 por saco base casca! Lá foi a última vez em que a Conab fixou o preço minimo em R$ 39,00… Ano passado o IRGA divulgou os custos de produção em R$ 91,00… 91/47… Dá um aumento nos custos ao redor de 100%… Então o R7 aponta uma valorização de 56% fictícia é irreal… Mesmo com os preços na casa de R$ 75 casca, o produtor ainda amarga ao redor de 40% de prejuizo. Por isso eu reclamo de certas reportagens formadoras de opinião pública! Não se informam, ainda mais os sites esquerdistas! Quem lê a matéria acredita que os produtores estão ganhando muito dinheiro, quando na realidade a grande maioria está nadando em dívidas! A resposta tem que ser dada com redução da área plantada… Experimentem reduzir 20% de arroz e plantem soja, ou simplesmente não plantem nada prá ver ano que vem o que acontece! Não tem arroz no Mercosul, mas a industria vai forçar os preços prá baixo porque estão sentados no arroz dos CPRs! Cadê a parceria que eles prometem pro produtor??? Custos= 91. Valor da liquidação CPRs= 70/75!!! No minimo R$ 16,00 de prejuizo. A informação ruim gera desinformação! Game Over para muita gente! Quem é que vai se arriscar a plantar arroz com um custo estimado de R$ 100/110 para a próxima safra ??? Só um milagre salva o produtor de arroz!!! Repito: a industria não quer que falte produto que pague entre R$ 85/95… E o produtor que não especule muito e faça média nas vendas!!! E rezemos todos nós que o dólar volte a subir… R$ 5,30 e as exportações voltam a bombar! Mas eu vejo um abril, maio e junho muito sombrio pros arrozeiros! Essa é a minha opinião! E aviso novamente que os preços podem retornar para baixo dos R$ 70 rapidinho!

  • Vocês se prendem muito no passado, querendo se basear q está mais caro q época x, o mesmo nós não podemos nos basear q os custos eram menores com intenção de baixar, pq a realidade é outra. Uma severa seca q transformou o arroz em canjicao, tornando escasso em toda América latina. Agora frio e enchentes ocasionais q prejudicam todo resto q atrasou com a estiagem. O dólar baixando sim amarra os preços, mas isso depende tbm da oferta, tanto q importar pesam muito os custos do frete marítimo. Preço abaixo dos custos não fecha, só soja mesmo pra tornar competitivo.

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