Na gangorra

 Na gangorra

Sul se recupera na reta final, enquanto o Brasil central recua na
produção de arroz.

A safra 2017/18 apresenta uma situação distinta entre os dois principais estados produtores de arroz do sul do Brasil, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e os do Brasil central, Mato Grosso e Tocantins. Enquanto o Sul reagiu bem na reta final da safra e somará uma importante produção, por questões de clima e disputa de área com outras culturas, como a soja, o algodão e mesmo o milho safrinha, o Centro-Oeste e o Norte vão ter menores produções.

O Rio Grande do Sul segue sendo o maior produtor de arroz do Brasil, com 70,4% da safra nacional, enquanto Santa Catarina representa 9,58%. Juntos, respondem por 79,98% do arroz colhido no país. Já Tocantins e Mato Grosso somam 9,18%, com o estado do Norte representando 5,28% e o do Centro-Oeste, 3,9%. Juntos, o terceiro e o quarto maior não alcançam o volume produzido por Santa Catarina.

O Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, terá uma safra de 8,460 milhões de toneladas, com recuo de 3,1%. A área alcançou 1,077 milhão de hectares, com perda de 2,1% diante dos 1,1 milhão/ha de 2016/17, com rendimento esperado de 7.851 quilos por hectare, o maior do Brasil, perante 7.930 quilos da fase anterior. Este é um dos melhores resultados obtidos pelo estado e está associado à alta radiação solar alcançada após fevereiro de 2018 nas fases de floração e enchimento de grãos.

Em Santa Catarina, segundo maior produtor de arroz do Brasil, há um avanço de 30 mil toneladas na produção, que deverá totalizar 1,151 milhão/t. Condição climática favorável e rendimento por área que chegou a 7.850 kg/ha (1kg apenas a menos que o RS) levaram à evolução da colheita.

Com atraso no plantio e chuvas na colheita, Tocantins, terceiro maior estado produtor, colheu abaixo do esperado em área de 132,5 mil hectares. A produtividade foi afetada pelo clima adverso e caiu 6,3%, ou 325 quilos, para 4.790kg/ha. A produção recuou 6,3%, ou 35 mil toneladas, para 634,7 mil toneladas.

TERRAS ALTAS
Também o Mato Grosso, quarto maior estado produtor brasileiro e principal em sistema de cultivo em terras altas, teve queda na produção. A Conab estima uma safra de 469,3 mil toneladas, diante das 530 mil toneladas registradas em 2016/17. Sem alterar os índices de produtividade, que permaneceram em 3.268, a redução de 11,5% na área, ou 18,7 mil hectares, para 143,6 mil hectares, foi determinante para o estado produzir menos 60,7 mil toneladas. O volume, porém, é suficiente para atender o abastecimento local e suprir as necessidades do seu parque industrial.

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