Na justa forma
Safra brasileira 2016/17
do tamanho do consumo
ajusta oferta e demanda.
O clima mais favorável do que na temporada passada será responsável pela recuperação de 9,7% do volume de arroz disponível na colheita da safra 2016/17 no Brasil. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que o país colha 11,64 milhões de toneladas do cereal em casca, recuperando com base na produtividade as perdas provocadas pelo fenômeno climático El Niño no sul do Brasil no ciclo anterior. O rendimento por área deve subir 13,4%, de 5.281 para 5.987 quilos por hectare de média nacional. A área cultivada reduziu 3,2%, de 2,007 milhões de hectares para 1,94 milhões.
As análises dos números indicam queda especialmente nas regiões de cultivo em sistema de sequeiro enquanto registram a manutenção e/ou aumento nas zonas irrigadas.
Na safra passada a queda de produtividade ocorreu nos locais da cultura de sequeiro em razão de chuvas abaixo da média, enquanto o cultivo irrigado, sobretudo no sul do país, foi afetado por excesso de chuvas durante todo o ciclo, resultando em baixa luminosidade e impactando a produtividade. Para este exercício há uma expectativa de normalização do clima e da produtividade.
A Região Sul, responsável por cerca de 80% da produção nacional, deve ter incremento de área de 1,9%. O cultivo do arroz é irrigado em quase sua totalidade e apenas um percentual pequeno no Paraná é cultivado em sequeiro. No Rio Grande do Sul, a produtividade terá aumento significativo por causa do clima, enquanto Santa Catarina deve manter desempenho similar ao da temporada passada.
A Região Norte, segunda maior produtora nacional, praticamente manteve a área cultivada, 264,7 mil hectares, segundo a Conab. E a tendência futura é de manter ou reduzir o cultivo. Em Tocantins, o plantio da safra de sequeiro está restrito à agricultura familiar e no irrigado há dificuldades de encontrar mão de obra. Em Rondônia, a orizicultura situa-se em regiões com solos úmidos e áreas de pastagens que estão sendo recuperadas e sistematizadas. Três indústrias financiam as lavouras existentes e fornecem os insumos, fomentando a cadeia produtiva.