Na mira dos pesquisadores

 Na mira dos pesquisadores

Arroz vermelho: nem todas as plantas são diferentes do arroz branco

II Seminário Latino- Americano busca
soluções para o arroz vermelho nas lavouras
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O arroz vermelho, uma variação genética da planta comercial, é a principal planta daninha da lavoura de arroz, causando prejuízos econômicos e agronômicos de grande impacto à cadeia agroindustrial. Além de afetar a produtividade nas safras, em regiões como o sul do Brasil, a invasora não é mais percebida até o descascamento por causa do seu cruzamento com as variedades comerciais. Além do tipo antigo de planta, com grãos vermelhos ou pretos e porte grande, atualmente há diversas variáveis da erva daninha, com plantas idênticas ao arroz branco e cachos também idênticos.

Alguns grãos vermelhos só são identificados no processamento ou amostras na indústria, depreciando a carga. Além disso, plantas do vermelho adquiriram resistência, cruzando com as variedades tolerantes ao herbicida. Hoje, os custos de controle do arroz vermelho estão entre os mais significativos da lavoura.

Para buscar soluções e impulsionar as pesquisas científicas em torno do tema, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) promoverá, nos dias 4 e 5 de junho, o II Seminário Latino- Americano sobre Arroz Vermelho. O evento, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), ocorrerá no auditório da Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS). Seis palestrantes internacionais apresentarão um diagnóstico e pesquisas sobre a invasora no continente.

Cláudio Pereira, presidente do Irga, considera que, ao lado da diversificação de culturas na várzea, este é o maior desafio agronômico das lavouras de arroz das Américas. “O vermelho vem vencendo essa queda de braço, mas há toda uma expertise científica reunida para retomar o controle. Há uma série de técnicas desenvolvidas pelo Irga e outras entidades de pesquisas, como a própria rotação com soja e milho e o cultivo pré-germinado, que são capazes de controlar o vermelho com eficiência, mas o produtor quer um número maior de ferramentas e os centros tecnológicos precisam responder a essa demanda”, reconhece. Em debate, além dos cenários de ocorrência da planta daninha, estarão as linhas de pesquisas científicas desenvolvidas pelos principais centros do Brasil, das Américas e do Caribe.
Para realizar a inscrição é preciso enviar um e-mail para o endereço: av2013@irga.rs.gov.br.

QUESTÃO BÁSICA
O primeiro seminário, organizado pelo Irga em 1998, reuniu mais de 500 participantes e promoveu a discussão dos principais temas relativos aos problemas e ao manejo das plantas daninhas. Agora em 2013, a Fundação Irga realiza a segunda edição, que trará grande contribuição para os profissionais das iniciativas pública e privada envolvidos com o manejo na orizicultura. A iniciativa conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Fundo Latino-Americano de Arroz Irrigado (Flar), da Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai) e da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD).

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