O palco do arroz

 O palco do arroz

Comandando a abertura: Renato Rocha, rainha e princesas e Maurício Fischer

Hora de mostrar a força da orizicultura gaúcha.

Durante quatro dias o arroz será o prato principal no cardápio do maior evento da orizicultura da América Latina. A 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz acontecerá entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março, na Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha (RS), com uma intensa programação voltada aos mais diversos interesses do setor. A edição deste ano mostrará, pela primeira vez, o processo de produção orizícola para a região metropolitana do estado. 

Além de reunir o setor arrozeiro, o evento tem como objetivo principal apresentar novidades tecnológicas e fomentar a troca de experiências sobre o trabalho desenvolvido nas lavouras gaúchas. A programação desenvolvida pelo Irga em parceria com a Federarroz abrange ainda a realização de painéis com especialistas abordando temas de interesse de toda a cadeia produtiva, como mercado, comercialização, consumo e meio ambiente. 

Para o presidente do Irga, Maurício Fischer, a 18ª edição da Abertura da Colheita será o momento onde todos os produtores poderão discutir os problemas e anseios do setor como redução de custos na lavoura, aumento da produtividade, sustentabilidade ambiental e a liberação de recursos para a comercialização da safra até o início da colheita. Neste aspecto, o presidente da Federarroz, Renato Rocha, ressalta que o evento irá trazer soluções para a sustentação econômica dos produtores e a continuidade da atividade. Ele afirma que “a abertura tem foco na lucratividade dos arrozeiros” e completa que o setor espera que o Governo Federal libere o pacote para a comercialização da safra, orçado em R$ 800 milhões. 

10 MIL – Ao longo dos quatro dias do evento, o público, estimado em 10 mil pessoas, poderá conferir de perto as lavouras demonstrativas do Irga, as novidades tecnológicas trazidas pelas empresas expositoras, o lançamento de produtos na vitrina tecnológica, uma exposição de máquinas antigas e uma atração especial: o Túnel da Lavoura de Arroz, onde o visitante terá um panorama das mudanças pelas quais a lavoura orizícola passou nos últimos 100 anos. 

Também está confirmada a realização do Balcão de Negócios, quando acontecerão leilões de AGF e EGF, a já tradicional reunião da Câmara Setorial do Arroz e a entrega dos prêmios Homem e Mulher do Arroz. A Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha, sede do evento, é considerada o maior centro de pesquisa em arroz da América Latina. 

 

A abertura vai ao berço da lavoura

A realização da 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz na Estação Experimental do Arroz, em Cachoeirinha (RS), não é um mero acaso. Há tempos os arrozeiros buscavam uma forma de homenagear o Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) por sua decisiva participação no perfil e competitividade da orizicultura gaúcha. Do Irga partiram 60% das variedades atualmente utilizadas no Rio Grande do Sul e os projetos 10 e Clearfield, que revolucionaram a produção de arroz, promovendo um salto qualitativo e quantitativo nas lavouras, entre muitas outras iniciativas. O evento acontecerá onde, segundo dados históricos, foi plantada a primeira lavoura profissional do Rio Grande do Sul, pelo major Alberto Bins, personagem histórico em cuja antiga sede da fazenda fica a estação experimental. 

“A história do arroz no Rio Grande do Sul se confunde com a história do Irga”, frisa o presidente da Federarroz, Renato Rocha. Segundo ele, o instituto desempenha um papel de liderança no setor arrozeiro em razão de seu apoio tecnológico e político-setorial. “O Irga é uma garantia, um respaldo vital para o desenvolvimento da lavoura de arroz gaúcha”, afirma. Durante o evento, produtores e público em geral terão acesso aos diversos experimentos conduzidos nesta safra pelos cientistas do instituto, bem como às palestras, a vitrina tecnológica, oficinas e outras atividades programadas. 

O presidente do Irga, Maurício Fischer, destaca que para o quadro de funcionários do Irga o evento reveste-se de grande importância. “Estamos realizando o maior evento da produção orizícola brasileira naquela que é a nossa casa e a casa do arroz gaúcho, onde se trabalha por esta produção, pela qualidade, pela sustentabilidade e pela viabilidade da lavoura”, frisou. Durante a 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, o Governo Federal formalizará o anúncio de recursos para os mecanismos de comercialização, haverá leilões de negociação de produto e momentos político-setoriais e técnico-científicos importantes. “A partir deste evento, certamente o cenário de comercialização da safra será mais claro”, considera Fischer.

PROGRAMAÇÃO

28/2
– O primeiro dia do evento está reservado para a visitação à vitrina tecnológica, além do Balcão de Negócios, leilões de arroz e a exposição dos 100 anos da lavoura arrozeira do Rio Grande do Sul

29/2
– Palestra: “A cadeia produtiva e consumo” (pela manhã)

1º/3
– Palestra: “A lavoura de arroz e o meio ambiente”, com o secretário do Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, e entrega dos prêmios Homem e Mulher do Arroz

2/3
– Abertura da Colheita com a presença da governadora do RS, Yeda Crusius, e do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes (o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva também foi convidado)

– À tarde, nos dias do evento, estão programadas visitas ao campo experimental, à vitrina tecnológica (apresentando tecnologias base do Projeto 10) e à exposição dos 100 anos da lavoura gaúcha

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