O supersem-fim

O arroz em casca possui elementos abrasivos capazes de fazer com que os equipamentos móveis, que permanecem em contato direto com o grão, apresentem altos índices de desgaste. Por isso, as indústrias do setor lançaram mão de novas tecnologias e meios de amenizar os problemas com os sem-fins transportadores de grãos, tanto utilizados nas máquinas colheitadeiras como nos demais equipamentos que envolvem o beneficiamento do grão, como por exemplo os silos secadores.

Em 1997, a Screw Indústria Metalmecânica Ltda, de Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, foi pioneira no desenvolvimento de tecnologia em tratamento dos sem-fins transportadores de grãos de arroz em casca. O objetivo: combater o desgaste das peças.

A soma dos conhecimentos do corpo técnico da empresa e a busca de novas tecnologias geraram know-how para um inovador tratamento técnico nos sem-fins já fabricados, acrescentando-lhes resistência até 10 vezes superior aos equipamentos de transporte similares comuns.

O processo gerador de maior resistência nos sem-fins, conforme o diretor João Augusto Streit, consiste em adicionar carbono e outros elementos químicos na superfície da lâmina e, após, temperar em banho de óleo, ficando com dureza em torno de 55 HRc. Esse processo é utilizado desde 2001 nas colheitadeiras da CNH (Case e New Holland). As peças são fornecidas pela Screw diretamente na linha de produção em Curitiba, no Paraná.

Anote aí

Uma peça temperada fornecida para a New Holland, e utilizada em duas safras agrícolas (cerca de 700 horas), apresentou um índice zero de desgaste. Somente a parte que entra em contato direto com o grão ficou polida pela abrasividade do arroz. Um sem-fim comum não atingiria 700 horas de colheita em boas condições de uso devido ao desgaste gerado pelo contato com elementos abrasivos do arroz.

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