Pelas terras altas

O Mato Grosso e as entidades do setor arrozeiro estão buscando parcerias e novas tecnologias para exportar arroz especialmente para os mercados europeu e do Oriente Médio. A idéia é aproveitar o baixo custo de produção do arroz de sequeiro para exportá-lo. “Vamos fazer um arroz de acordo com as necessidades dos mercados onde vamos entrar”, informou o presidente da Associação dos Produtores de Arroz, Ângelo Maronezzi. Segundo ele, a idéia é exportar não só o arroz já industrializado, mas também tecnologias. O principal empecilho é o alto custo do transporte rodoviário do Mato Grosso até o Porto de Santos. A saída é viabilizar a hidrovia Cuiabá/Santarém.

 

Pela Índia

As estimativas são de que as exportações da Índia caiam 39% em 2003, para quatro milhões de toneladas, após terem mais do que triplicado em 2002, para 6,6 milhões de toneladas. Há previsões também de que as exportações de arroz do Paquistão recuem 27%, para cerca de 1,1 milhão de toneladas. A qualidade mais elevada e a tradição nas exportações significam que traders preferem o grão tailandês e vietnamita ao indiano.

 

Vietnã segundão

O Vietnã resgatou este ano o seu lugar de segundo maior país exportador mundial de arroz. As exportações de arroz vietnamita provavelmente vão aumentar 37% em 2003, para 4,25 milhões de toneladas, em relação às 3,1 milhões de toneladas de 2002, divulgou a Foreign Agricultural Service dos Estados Unidos, agência agrícola para o exterior. O Vietnã foi o segundo maior país exportador mundial de arroz, depois da Tailândia, em 1999, 2000 e 2001, antes da expressiva elevação dos fornecimentos indianos da commodity de qualidade inferior, que contribuíram para uma queda antecipada de 12% nas exportações vietnamitas em 2002.

 

Ano do Arroz 

A Organização das Nações Unidas aprovou um projeto para designar 2004 como o Ano Internacional do Arroz. Os objetivos deste projeto são ressaltar a importância deste cereal na segurança alimentar mundial e reduzir a pobreza e a desnutrição, principalmente nos países do terceiro mundo. A iniciativa vem ao encontro do projeto brasileiro Fome Zero. As ações técnicas e humanitárias deste projeto internacional devem ser definidas ainda no primeiro semestre de 2003.

 

Força do ICMS

O arroz é o protagonista da circulação de riquezas do Rio Grande do Sul. O setor é responsável por 10% do ICMS e por 3,1% do PIB do agronegócio. Além disso, o estado é responsável por 45% do arroz produzido no país e 90% do arroz irrigado. O Rio Grande do Sul deve colher este ano 5,5 milhões de toneladas do cereal. A safra deve se estender até o final de maio.

 

Coriscal + Cotrican

A Cooperativa Agrícola Cachoeirense (Coriscal), de Cachoeira do Sul (RS), incorporou a Cooperativa Agrícola Mista Candelária (Cotrican), em processo de liquidação. Na assembléia da Cotrican, os associados decidiram que a Coriscal não assumirá os débitos da cooperativa. O processo de incorporação terá uma primeira fase, com 10 anos de duração, em que a Coriscal fará a locação da estrutura da Cotrican, recebendo os grãos dos 663 associados da cooperativa.

 

Cotrican + Coriscal

A Cotrican tinha em torno de mil associados, mas houve a exclusão dos não-depositários ou desistentes antes da incorporação. O prazo de uma década foi estabelecido para que a cooperativa candelariense consiga zerar suas dívidas, que giravam em torno de R$ 7 milhões no começo de 2001, quando foi iniciado o processo de liquidação. Depois desse período, todo o patrimônio da Cotrican, já autoliquidada, passará automaticamente a pertencer à Coriscal.

 

Preço alto

Os arrozeiros de Cachoeira do Sul, na depressão central do Rio Grande do Sul, estão vendendo a saca de arroz a pelo menos R$ 2,00 abaixo da média estadual. O preço da saca de 50 quilos é, conforme o presidente da Federarroz, Artur Albuquerque, um dos mais baixos praticados em todo o estado, revelando um quadro preocupante se considerado o período vivido pelos produtores. Conforme o presidente da Federarroz, não há nenhuma explicação mercadológica para uma redução no preço da saca de 50 quilos em Cachoeira. “Isso não deveria estar acontecendo”, disse ele.

 

Pelo Chile

Os produtores chilenos de arroz assinaram acordo com o setor industrial e o Ministério de Agricultura para modificar a classificação deste produto no Chile, com o fim de adequá-la a do Mercosul, bloco integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. “Esse acordo entre produtores e industriais é um grande avanço que fortalece o vínculo entre o setor privado e entre estes e o setor público, o que torna transparente a informação para os consumidores”, disse o ministro chileno de Agricultura, Jaime Campos.

 

Água racional

Após três anos de pesquisa, um estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo pode ajudar os agricultores a economizar até 45% de água nas lavouras de arroz. A nova técnica, que começa a ser utilizada no Vale do Paraíba, onde a maioria dos produtores planta arroz irrigado, tem como principal objetivo estimular a rizicultura usando apenas água da chuva. O processo é feito com variedades de sequeiro. Com a nova técnica elas podem atingir produtividade tão boa quanto o arroz irrigado, se a água for controlada de forma adequada e a semente for de boa qualidade.

 

Abiap pesquisa

A Universidade de São Paulo está desenvolvendo a primeira pesquisa sobre arroz parboilizado encomendada pela Associação Brasileira das Indústrias de Arroz Parboilizado (Abiap). O projeto está sendo realizado desde janeiro pela pesquisadora Úrsula Marques, que recebeu amostras do produto de empresas associadas. O objetivo inicial da pesquisa, segundo o presidente da Abiap, Alfredo Treichel, é avaliar os efeitos do processo de parboilização do arroz sobre possível variação nos nutrientes.

 

Por São Lourenço

A revista Planeta Arroz esteve com suas equipes de reportagem cobrindo a Expoarroz, o II Seminário da Cadeia Produtiva do Arroz e a Abertura Oficial da Colheita Brasileira do Arroz, em São Lourenço do Sul (RS). Destacaram-se, no evento, a entrega das comendas aos homens do arroz e a abertura oficial com a presença do ministro Roberto Rodrigues. Toda a cadeia brasileira do arroz esteve representada no evento que discutiu os rumos do mercado e da lavoura arrozeira em 2003.

 

Superconvênio

A divisão de classificação e certificação da Emater e a Cooperativa Agrícola Mista Agudense, de Agudo – depressão central do Rio Grande do Sul -, firmaram convênio para controle de qualidade do arroz a ser recebido pela unidade, estimado em 15 mil toneladas. Pelo contrato, estão sendo aferidos o grau de impureza e umidade, a presença de arroz vermelho e preto e o índice de grãos inteiros e quebrados.

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