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Rice Boss
O presidente Carlos Sperotto, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), tornou-se o grande protagonista das negociações setoriais para fortalecer a presença do arroz gaúcho no mercado internacional. Nos últimos meses, foi o anfitrião de encontros com os embaixadores da Nigéria, Adamu Azimeyeh Emozozo – país que já foi o maior cliente do cereal brasileiro – e de Cuba, Marielena Ruiz Capote, que atualmente ocupa o primeiro lugar em demanda do arroz rio-grandense. Suas ações pela aproximação comercial com os dois países demonstram toda a experiência reunida à frente da entidade e permite a aproximação das demais organizações do setor com mercados importantes.

Sustentável
Mars Food, a empresa que controla a marca mundial de arroz UncleBen´s, anunciou que até 2020 todo o cereal que comercializa terá origem em sistemas controlados pela Plataforma Sustentável de Arroz (SRP), aliança global de instituições de pesquisa, empresas agroalimentares, setor público e organizações ligadas ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e chancelada pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (Irri). Fiona Dowson, presidenta da Mars Food, explicou que o padrão é composto por um conjunto de 46 critérios para o cultivo sustentável de arroz para reduzir a pegada ambiental e melhorar a vida dos produtores. Os fatores incluem produtividade, segurança alimentar, saúde do trabalhador, direitos trabalhistas e preservação ambiental e da biodiversidade.

Pedal

Em uma recente conferência de imprensa em Taiwan, a Chien King Industrial Co apresentou para o mercado um pedal feito de cascas de arroz – material bastante abundante na Ásia. Batizado de CK-UB2RH, o pedal foi construído utilizando biotecnologia e é voltado ao mercado de bicicletas mais simples, utilizadas no transporte de pessoas. Segundo o fabricante, a casca de arroz normalmente é utilizada como fertilizante e é um material bem barato e fácil de encontrar. Por isso, além do baixo custo, o produto ainda promete ser uma alternativa mais sustentável se comparado aos tradicionais feitos em plástico.

Contramão
Nas Américas e na Europa é crescente a onda glúten free, de consumo de alimentos sem glúten (presente no trigo e aveia, entre outros). Mas na Ásia o rumo é diferente: na Coreia do Sul, por exemplo, nos últimos três anos o consumo per capita de trigo dobrou, alcançando 3,3 quilos/ano por habitante. O arroz apresentou ligeira queda, de 66 para 65 quilos por habitante. A distância é enorme, mas preocupa não só por questões alimentares, mas culturais e de saúde. Analistas apontam que a mudança do hábito alimentar se dá pela “ocidentalização” da Ásia. As pessoas estão preferindo comer fast food a ter de aquecer arroz para uma refeição saudável.

6.300 a.C.



Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Pequim e Universidade College London forneceu novas pistas sobre o desenvolvimento da cultura do arroz na China Central entre o sétimo e o primeiro milênio antes de Cristo (a.C.). Fósseis encontrados no Sítio Baligang, na Bacia Nanyang, ao norte do Rio Yangtze, ofereceram uma visão importante sobre o desenvolvimento do arroz e do milho na região no período. Os pesquisadores conseguiram 18 datações para o cereal, confirmando as mais antigas delas anteriores a 6.300 a.C. Contudo, falta ainda traçar a trajetória evolutiva do grão utilizando descobertas arqueológicas de outras regiões.

Transpacífico
Entre os produtores brasileiros sobram críticas ao fato de o Brasil andar a passos lentos, acorrentado ao Mercosul, enquanto os Estados Unidos e outros países aceleram acordos de livre comércio internacional, caso da Parceria Transpacífico. Mas, para os arrozeiros japoneses a história é outra: ao mesmo tempo em que o Japão, a segunda maior economia do acordo, projeta ampliar suas exportações de produtos industriais para Estados Unidos, Canadá, Peru e outros países da Ásia, o setor arrozeiro nipônico teme uma enxurrada de arroz que afetará o seu mercado. Mesmo subsidiado, o arroz japonês tem altíssimo custo de produção.

Rei do Rato

Na Ásia, especialmente no Vietnã e na Tailândia, os ratos podem afetar em até 20% a colheita do arroz em algumas regiões. Mas, além de pragas, são considerados uma iguaria culinária e a colheita do cereal é o momento em que muitos aproveitam para caçá-los. No Vietnã, Tran Quang Thieu ganhou notoriedade e é conhecido como o Rei do Rato depois que passou a ser chamado pelos produtores para exterminar a praga. Thieu não só construiu um império com a fabricação de ratoeiras e prestação de serviços de caça como também se tornou grande fornecedor da iguaria para o mercado nacional.

Recorde

O diretor do Centro de Pesquisa do Arroz Híbrido de Hunan, na região Central da China, Yuan Longping, deixou o cargo e voltará a atuar apenas como pesquisador em Changsha, capital da província. Yuan, que tem 85 anos e é conhecido na China como “o pai do arroz híbrido”, desenvolveu em 1974 o primeiro arroz híbrido do mundo. Seu desafio agora é desenvolver um “super arroz” que alcance produtividade de 16 toneladas por hectare. Em 2014 sua equipe alcançou 1,03 mil quilos por mu (0,0667 hectare) em campos experimentais, considerado o recorde mundial em rendimento por área.

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