Preços se mantendo constantes nos EUA

A perspectiva de comercialização continua positiva, mas isso pode mudar se não virmos os negócios se materializando no Iraque no curto prazo.

Com a colheita concluída, todo o foco voltou-se para a comercialização de uma safra maior nos Estados Unidos este ano. O frenesi dos negócios no Brasil agora diminuiu, e os traders estão agora olhando para o Comitê de Grãos do Iraque (IGB) para um anúncio de leilão de compra do grão. Embora as exportações de arroz ainda permaneçam atrasadas frente à média dos últimos anos, a demanda reprimida para o México finalmente está se recuperando, o que deve ajudar a mover o mercado. Os negócios de transferência para o Haiti estão dentro do cronograma, mas não serão suficientes para compensar a demanda doméstica mais lenta por conta de escolas e restaurantes desativados e restrições de viagens em todo o país por causa da COVID.

A perspectiva de comercialização continua positiva, mas isso pode mudar se não virmos os negócios se materializando no Iraque no curto prazo.

Apesar do ambiente de negócios estar ansioso por fatores que impulsionem os preços, o mercado à vista continuou a negociar lateralmente durante a maior parte do delta esta semana. Na Louisiana, os produtores que desejam participar das vendas brasileiras já o fizeram, removendo parte da recente urgência e entusiasmo regional.

Com o segundo navio carregando esta semana e pronto para partir em breve, agora parece haver muito pouco interesse de compra. Felizmente, há interesse suficiente na maioria dos mercados de arroz dos Estados Unidos para manter os preços estáveis, no entanto, isso pode mudar se outros destinos de exportação se tornarem mais lentos feito o Brasil.

O comércio com o México ainda está substancialmente aquém da demanda do ano passado, atualmente com queda de 45% no acumulado do ano. Como o Brasil não poderá fornecer arroz para o México nesta campanha, isso libera mais participação de mercado para os EUA, a menos que o arroz beneficiado asiático seja capaz de se infiltrar no mercado. Houve conversas consideráveis ​​entre os exportadores e importadores dos EUA neste mercado específico, portanto, a maioria espera ver algo se materializar em um futuro próximo.

Quanto ao mercado de arroz beneficiado, apesar de o IGB estar em negociações com exportadores dos EUA para fornecer pelo menos 30.000 TM, ainda não houve qualquer ação significativa nessa frente. Nesta altura, no ano passado, este destino já tinha reservado 150.000 MT.

Na Ásia, os preços caíram constantemente desde agosto, com o Vietnã sendo a única exceção real. Os preços subiram ligeiramente há duas semanas e se mantiveram nesta semana, o que aponta para alguma estabilização no curto prazo. Embora os preços nessas origens tenham caído, o Índice de Preços de Alimentos da FAO continua com tendência de alta.

Os preços mundiais dos alimentos aumentaram 6% em relação ao ano passado e atingiram os níveis mais altos desde 2020 com o aumento dos preços do açúcar, laticínios, cereais e óleos vegetais. A valorização dos preços dos cereais é atribuída às más condições de cultivo na Argentina, bem como às condições mais secas que impedem a produção de trigo de inverno na Europa, América do Norte e região do Mar Negro.

Em última análise, para que os preços do arroz nos Estados Unidos melhorem, importadores como Haiti, México e Iraque precisam aumentar suas compras, caso contrário, o mercado pode sofrer uma desaceleração ainda maior com a aproximação do Ano Novo. As atividades do mercado de futuros do arroz também apoiam essa teoria, em que os contratos próximos parecem estar oscilando em torno de $ 12,40 por cwt (45,36kg).

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