Qualidade total é insumo

Produtividade e gestão buscam a excelência também no campo
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Quem se comporta bem, produz mais

Há algo de novo acontecendo no campo. A velha imagem do rústico está definitivamente superada e não é somente no uso e abuso de tecnologia. As modernas técnicas de gestão chegaram à lavoura e com elas as ferramentas da qualidade total e dos programas de produtividade. As lavouras de arroz do Rio Grande do Sul estão ganhando modernas fórmulas de redução de perdas na produção do cereal. Veja como esta revolução comportamental está se processando.

Uma boa parte dos produtores gaúchos de arroz está adotando ferramentas da qualidade total para gerenciar suas propriedades e os resultados são o aumento da lucratividade, a queda nos custos de colheita e o aumento da produtividade no campo. Os números são monitorados e festejados pelos técnicos da Fundação Nacional do Arroz (Fundarroz), que firmou convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) e a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) para ministrar cursos de qualificação profissional.

A primeira etapa do programa "Renda real na agricultura" foi implantada na safra de arroz de 1999 e está sendo repetida pela Fundarroz neste ano. Com apenas dois cursos no projeto-piloto de 99, a entidade contabilizou ganhos de produção que até então não estavam sendo medidos sistematicamente. O engenheiro agrônomo da Fundarroz, Renato Vieta, revela que nos 16 principais municípios produtores de arroz foram treinados 284 operadores de colheitadeiras. As cidades da metade sul foram as principais contempladas. Em 15 delas o programa continuou com a aplicação de seminários de gestão empresarial voltados ao proprietário.

RESULTADOS – O monitoramento incluiu visitas técnicas de 19 lavouras e acompanhamento ao trabalho de 53 colheitadeiras, em ação pelas mãos de operadores que participaram do treinamento. Em todas as máquinas foi registrada redução de perdas. Vieta destaca que em uma das colheitadeiras a recuperação de perdas chegou aos sete sacos por hectare colhido. Traduzindo para as planilhas de custos dos plantadores de arroz, a lucratividade significou R$ 2.600,00 para quem plantou 100 hectares e pôde acrescentar dois sacos colhidos por hectare depois da adoção da qualidade total na lavoura.

O que é?

PGQP – O Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade foi a primeira iniciativa brasileira de escalada aos padrões mundiais de excelência. Lançada em outubro de 1992, a sistemática gaúcha é um desdobramento do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade. Logo, o PGQP mostrou-se um dos exemplos mais bem-sucedidos do país e, hoje, envolve cerca de 900 mil colaboradores em mais de 4.000 organizações dos setores comercial, industrial e de prestadores de serviços. É tocado pela Associação PGQP, uma organização não-governamental.

Qualidade– O PGQP foi lançado com o objetivo de divulgar a filosofia e os principais conceitos da qualidade total. A QT visa otimizar as condições de produção para garantir mais retorno sem perder ou desperdiçar recursos.

Prêmio RS – A busca pela excelência é coroada todos os anos, desde 1996, com a entrega do Prêmio Qualidade RS. Os resultados obtidos com o gerenciamento do negócio, planejamento estratégico, gestão de processos e foco no cliente são alguns dos indicadores do progresso das organizações dentro do programa.

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