Redução nos EUA

Colheita norte-americana menor e câmbio fazem o Brasil voltar para o jogo

A redução de 16% na colheita de arroz dos Estados Unidos alterou as relações do comércio mundial e pode abrir maior oportunidade de negócios para o Mercosul. A queda gerou impacto inicial entre um e dois dólares e meio por quintal curto (cwt = 45,36 kg), algo entre US$ 22,00 a US$ 55,00 por tonelada, o que favoreceu a competitividade dos países do Mercosul juntamente com o fator cambial. Os EUA colheram 8,7 milhões de toneladas (base casca), 6,56 milhões de longo-fino.

Custos de produção e melhor rentabilidade e liquidez de cultivos como soja e milho reduziram a área de arroz. Mesmo com menor produção, os EUA têm dificuldade nas vendas. Além de preço mais alto que o Mercosul, o rendimento industrial desta safra é inferior.

A crise no Haiti, grande cliente dos norte-americanos, e a busca pelo Iraque de arroz beneficiado no Mercosul e na Ásia, também afeta os EUA no mercado externo. Neste contexto de safra mais curta, menor qualidade e clientes tradicionais recuados, os contratos futuros do arroz em casca na Bolsa de Chicago e os preços de exportação em algumas regiões superaram os 15/16 dólares.

A Associação dos Produtores de Arroz dos Estados Unidos (Usrpa)e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) avaliam que mantida a diferença entre os preços do arroz para soja e milho e o agravamento da crise hídrica na Califórnia, há forte possibilidade de nova redução da superfície plantada com arroz na temporada que começa em maio. O recuo na área também atingiria os grãos longos-finos.

Questão básica
Os EUA colheram quase 6,56 milhões de toneladas, ou 75% de sua safra com arroz longo-fino. Os 2,14 milhões de toneladas restantes são de grãos curtos e médios produzidos, em especial, na Califórnia. O Usda prevê preços médios de US$ 14,80 por quintal (45,36kg) ao longo da temporada no mercado físico para o longo-fino. A saca de preços médios deve consolidar média de US$ 20,10/cwt.

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