Risco calculado

 Risco calculado

Alternativa: sem usar as práticas recomendadas, é melhor não arriscar

Viabilidade do milho
na rotação com o
arroz exige atenção redobrada no manejo
.

A cultura do milho apresenta potencial para participar de sistemas de rotação de culturas com arroz irrigado e soja e, assim, contribuir para sustentabilidade das áreas de arroz. No entanto, para viabilizar esta técnica de cultivo, inclusive do ponto de vista econômico, é fundamental a adoção de todas as práticas de manejo recomendadas pela pesquisa para que se obtenha altas produtividades de grãos. “Se não houver possibilidade de se diminuir o risco por estresse hídrico, seja por excesso ou por falta, e de não se utilizar as demais práticas em alto nível, é preferível não arriscar com a cultura do milho, devido ao potencial prejuízo econômico que pode ocasionar”, aconselha o pesquisador do Irga, Rodrigo Schoenfeld.

Ele explica que as pesquisas com o milho foram retomadas pela instituição na safra passada, a partir de três ensaios conduzidos em diferentes áreas do estado. O potencial produtivo atingido nesses experimentos, de acordo com o pesquisador, ficou entre 12 e 13 toneladas por hectare. “Na presente safra, as ações de pesquisa foram ampliadas, com o desenvolvimento de cinco experimentos que fizemos na Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha (RS), todos conduzidos em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs)”, informa o pesquisador.

No primeiro experimento, conforme Schoenfeld, está se comparando a eficiência da semeadura em microcamalhões e sem microcamalhões, com e sem irrigação, em área sistematizada em desnível (oito centímetros para cada 100 metros). No segundo estudo estão sendo comparados os métodos de irrigação por aspersão e por sulco, com uma testemunha sem irrigação, em quatro híbridos simples. “O objetivo é mostrar os efeitos da irrigação no desenvolvimento de plantas e de espigas, com o auxílio de um aparelho para aferir umidade do solo. A partir daí, poderemos fazer uma estimativa de rendimento com e sem irrigação”, observa.

Na terceira ação de pesquisa está sendo avaliada a resposta do milho à aplicação de fungicidas. “Em sete híbridos que estão sendo testados na área experimental, sem aplicação de fungicidas, não se está observando, até o momento, a incidência de doenças”, avalia Schoenfeld.

Já a quarta ação de pesquisa, segundo ele, objetiva determinar a densidade ótima de plantas em dois híbridos de milho irrigado. “As densidades utilizadas são: quatro, seis, oito e 10 plantas por metro quadrado. A finalidade é mostrar plantas das quatro densidades e enfatizar que os maiores rendimentos não são obtidos com densidades que determinam maiores tamanhos de espiga”, ressalta. “O quinto experimento visa determinar as doses de máxima eficiência técnica e econômica de aplicação de adubo nitrogenado(N) em milho irrigado”, complementa.

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