RS: chuvas interrompem plantio das culturas de grãos de verão

Chuvas ajudaram na recuperação dos níveis das barragens, mas ainda é pouco. O trabalho do solo é que foi atrapalhado.

A última semana foi marcada por chuvas constantes em todo o Rio Grande do Sul, que impediram os trabalhos de preparo da terra e plantio das culturas de verão. Por outro lado, ajudaram a recuperar os níveis das barragens para irrigação das lavouras de arroz, segundo o levantamento semanal sobre a situação das culturas e criações, realizado pela Emater/RS-Ascar.

Estima-se que cerca de 12% da área de feijão (1ª safra) já estejam semeados e, desses, aproximadamente 10% estão germinados. Os técnicos avaliam que, até o momento, não existem motivos mais consistentes para supor que as recentes chuvas, acompanhadas por fortes ventos, tenham causado danos irreversíveis às lavouras de feijão. As lavouras semeadas chegam a 24%, mantendo o relativo adiantamento verificado neste ano.

Apesar das pesadas chuvas, a cultura do trigo segue sem sobressaltos. Apesar de alguns poucos e pontuais prejuízos, devido aos fortes ventos registrados durante a semana, não há indicativos que levem à alteração na produtividade esperada inicialmente no estado (1.854 quilos por hectare). Nessa fase, o excesso de chuva pode impedir uma melhor polinização, influenciando negativamente na produtividade futura, além de propiciar condições favoráveis à disseminação de doenças fúngicas. Na atualidade, estima-se que 10% se encontram em enchimento de grãos, 30% em floração e 60% em perfilhamento.

Fruticultura
A melancia está em fase de implantação na região Carbonífera. Tudo indica que deverá manter a mesma área cultivada (sete mil hectares), com previsão de colher 175 mil toneladas. Nesta região, são realizados plantios no cedo e de forma protegida. As plantas, desse sistema, encontram-se bem desenvolvidas e sem problemas fitossanitários.

As culturas da ameixa, pêssego e pêra ainda estão no seu período de dormência. Contudo, algumas variedades de pêssego precoce já iniciaram a floração na região de Bagé. A avaliação geral dos técnicos é que o ano está se caracterizando por insuficientes horas de frio, o que poderá acarretar uma floração irregular para a maioria das espécies cultivadas.

Na Serra, os trabalhos de poda das videiras continuam intensos. Devido à pequena ocorrência de frio, a brotação das plantas está bastante irregular. Ainda não é possível fazer estimativa de produção para a próxima safra, mas com exceção da falta de frio, não há outros fatores que possam trazer grandes comprometimentos à próxima safra. Ainda existe a possibilidade de ocorrência de geadas, o que poderia afetar as videiras, visto que já estão bastante brotadas.

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