Rumo ao topo
Tailândia quer retomar
a liderança global
.
Com o final da liquidação de estoques antigos, dos quais pelo menos metade não apresentava condições para o consumo humano e foi negociada para produção de etanol ou ração animal, a Tailândia quer retomar sua liderança global na exportação de arroz, perdida nos três últimos anos para a Índia, e chegar entre 10,5 e 11 Mt (milhões de toneladas) base casca. Arroz longo e longo fino, aromático (jasmine) e de grão curto lideram as vendas tailandesas.
No país, os preços do arroz subiram de forma significativa em maio e junho de 2017, acumulando alta de 20%. Foi o maior movimento altista observado desde meados de 2014. A demanda externa segue ativa e as disponibilidades de exportação continuam caindo. “O governo segue oferecendo em leilões os antigos estoques para usos industriais, e estes podem ser zerados antes da chegada da nova safra, ajustando as disponibilidades de venda até o último trimestre do ano”, explica Patricio Méndez del Villar, analista do Cirad, da França.
Em junho, as exportações da Tailândia ficaram ao redor de 1 milhão de toneladas, contra 750 mil toneladas em maio, avanço de 8% sobre o ano anterior no mesmo período. Em 2017, as exportações totais poderiam oscilar entre 10,5 e 11 Mt.
No Vietnã, os preços do arroz saltaram 12% em junho e as vendas chegaram a 700 mil toneladas contra 550 mil em maio. Nos seis meses do ano, as exportações atingiram cerca de 3 Mt, avanço de 15% sobre 2016, por causa da demanda ativa dos importadores asiáticos. A expectativa vietnamita é exportar 5,7 Mt em 2017.
Enquanto isso, na Índia, maior exportadora global há três anos, os preços externos melhoraram, mas menos do que nos principais concorrentes globais. As disponibilidades de exportação caíram, mas a perspectiva da colheita de arroz em 2017 é promissora graças ao clima favorável e a produção pode aumentar 4%, para o recorde de 108 Mt (beneficiado). O país entrou julho com preços estáveis.
QUESTÃO BÁSICA
Nos Estados Unidos, os preços de exportação aumentaram 5% em junho. As vendas diminuíram 10 mil toneladas, mas o México foi o principal destino. As vendas também progridem para a África Ocidental, Coreia do Sul e Japão. Na Bolsa de Chicago, os preços futuros do arroz paddy foram revalorizados em 8,4% no sexto mês do ano, marcando uma média mensal de $ 252/t contra $ 232 em maio. No início de julho, preços firmes em $ 262/t.