Safra de arroz no sudeste do Tocantins será recorde
Pólo produtor de arroz irrigado e a presença de uma indústria de beneficiamento na região de Lagoa da Confusão (TO) são fatores do desenvolvimento da cultura na região.
Os mais de 200 produtores de arroz da região de Lagoa da Confusão (TO) devem colher cerca de 100 mil toneladas do grão até o final desta safra. A produção é considerada recorde pelos agricultores, segundo o empresário e agricultor Victor Rodrigues da Costa, diretor-presidente do grupo Tio Jorge.
Neste domingo, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faet), o Grupo Tio Jorge promoveu um dia de campo para comemorar o Ano Internacional do Arroz. Diversas autoridades participaram do evento, que aconteceu na Fazenda Trindade, no município de Lagoa da Confusão, a cerca de 230 quilômetros de Palmas. Entre elas estava o ex-governador Siqueira Campos e o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins), Roberto Saium.
A Fazenda Trindade tem cinco mil hectares, dos quais 1,6 mil são cultivados com arroz irrigado e devem render nove mil toneladas de cereal. Mesmo com esse desempenho, o grupo quer aumentar a área cultivada em mais dois mil hectares, totalizando 3,6 mil. Para ampliar os negócios, cerca de R$ 7 milhões foram investidos numa indústria de beneficiamento de arroz, que já está funcionando em Paraíso. Para abastecer o engenho, o grupo é o principal comprador da produção de arroz da região de Lagoa da Confusão, no sudeste de Tocantins, e compra, ainda, o grão em todos os principais pólos de produção do estado.
Em três anos, o Grupo Tio Jorge espera ampliar a área de produção de 1,6 mil hectares para 10 mil hectares. Já para o ano que vem, a expectativa é de ampliar a produção da indústria de Paraíso. Hoje, é possível beneficiar 12 mil toneladas/mês, podendo passar a 20 mil toneladas/mês.
Segundo a presidente da Faet, Kátia Abreu, quase 70% da produção de arroz da região são financiados por empresas que cobram juros mais altos do que os bancos, atraindo o produtor pela baixa burocracia na hora de contratar o crédito. Por isso, uma prioridade do Governo do Estado é a geração de linhas específicas de crédito para a orizicultura tocantinense.