Sem tropeços

Santa Catarina mantém garantia de estabilidade no abastecimento de arroz

A semeadura da safra 2022/23 em Santa Catarina iniciou em meados de agosto, em especial no litoral norte, onde a operação é antecipada com o intuito de colheita de soja. A estimativa da safra, realizada pela Epagri/Cepa, apontou para uma área estável, em cerca de 147 mil hectares, e leve retração da produtividade, visto que esteve acima da média na última safra. Ao fim de novembro, 100% da superfície projetada estava semeada, e 95% em condição boa ou ótima de desenvolvimento.

A economista Gláucia Padrão, da Epagri/Cepa, salientou que o prolongado período de frio em plena primavera tem atrasado o ciclo da cultura. Por sua vez, a baixa luminosidade começa a preocupar os produtores com relação à produtividade e à uniformidade do grão. No entanto, o retorno de dias ensolarados e elevação das temperaturas ao fim de novembro passou a contribuir para o melhor desempenho dos arrozais e dos tratos culturais.

Mercado
A partir da segunda quinzena de outubro e até o fim da primeira quinzena de novembro, os preços do arroz em casca voltaram a subir em Santa Catarina, espelhando o comportamento do Rio Grande do Sul. Em comparativo a setembro, o preço médio de outubro, no estado, foi 0,72% maior, fechando em R$ 70,93/sc de 50 kg. Na primeira quinzena de novembro, houve incremento ainda maior nos preços, com média de R$ 72,70, 2,5% acima dos preços do mês anterior. Ao longo de novembro, os valores seguiram em alta.

Em terras gaúchas, os preços subiram a R$ 81,18, 5,85% maiores do que no mês anterior. Entre as razões desse comportamento está o aumento das exportações. A expectativa de que os preços continuem em elevação faz os produtores evitarem as vendas aguardando melhores cotações.

Gláucia Padrão explicou que a elevação dos preços ocorre em períodos de entressafra e, portanto, de menor disponibilidade interna para a aquisição pelas indústrias. “É comportamento típico desta época do ano, visto que nova colheita só ocorre a partir de janeiro. Só então haverá fatores de baixa, como o aumento da oferta interna, que começarão a pressionar as cotações”, explicou.

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