Semestre em alta

Preços em 2014 são mais
de 5% maiores do que os praticados no ano anterior.

No primeiro semestre de 2014 os preços do arroz mantiveram um comportamento muito similar ao que aconteceu no mesmo período do ano passado, com cotações mais altas nos dois primeiros meses do ano, desvalorização após a colheita e nova valorização entre abril e junho. Apesar de seguirem padrão similar, os preços estão acima dos verificados em 2013, segundo o analista da Safras & Mercado, João Nogueira. Ele destaca que no primeiro bimestre de 2014 as cotações marcavam R$ 36,31 em janeiro e R$ 35,86 em fevereiro, com valorização que corresponde a 5,4% e 5,2%, respectivamente, sobre 2013. “A previsão de safra menor do que o estimado inicialmente foi determinante”, diz.

No pico de colheita, em março, o aumento da oferta do cereal e o anúncio de produtividade em 7.460 quilos por hectare derrubaram os preços ao produtor. A partir do final de março o mercado doméstico voltou a subir pela retenção de oferta dos arrozeiros, que optaram pela comercialização da soja e pecuária. Com isso, o arrozeiro teve maior poder de barganha com a indústria. Mas, com preços mais altos, a demanda industrial retraiu, comprando o suficiente para abastecer o mercado.

Em maio, com baixa oferta e as exportações em bom ritmo, o preço médio atingiu R$ 35,53 no RS, valorizando quase 7% relativamente ao registrado no mesmo período do ano passado (R$ 32,97). Em junho, pelo “efeito Copa do Mundo”, o mercado se manteve travado, houve queda nas exportações e os preços começaram a se estabilizar, pois os produtores e exportadores tiveram que se voltar ao mercado interno para arrecadar receita, fazendo com que as indústrias pudessem pressionar os preços para baixo. A pressão de oferta aumentou, pois muitos produtores precisaram negociar o arroz para quitar a primeira parcela do vencimento do custeio da lavoura 2013/14.

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