Sommelier italiano defende popularização do uso de diferentes tipos de arroz

 Sommelier italiano defende popularização do uso de diferentes tipos de arroz

Sommelier italiano destaca a qualidade do arroz gaúcho

(Por Victoria Fonseca, a Hora do Sul) A identificação e o uso dos diferentes tipos de arroz na culinária foram o tema da oficina ministrada pelo sommelier Massimo Biloni na tarde desta segunda-feira (11) para convidados da Embrapa Clima Temperado. Pela primeira vez em Pelotas, o especialista italiano detalhou como o incentivo à popularização do preparo de diferentes variedades do cereal é adotado na Europa como estratégia para expandir o consumo de arroz.

A oficina, exclusiva para técnicos, nutricionistas, chefs de cozinha e jornalistas, foi a atração  rganizada pela Embrapa para anteceder a abertura do 13º Congresso de Arroz Irrigado, que aconteceu nesta terça-feira, 12. Biloni destacou a importância do arroz no mundo com dados atuais: são cerca de 165 milhões de hectares plantados. Líder absoluto no cultivo, a Ásia concentra 146 milhões de hectares, seguida pela África, com 11 milhões, e pela América do Sul, em terceiro lugar, com 5 milhões de hectares.

Conhecimento e consumo

Apesar de ser um dos alimentos mais consumidos no planeta, o sommelier abordou a importância da expansão da cultura do uso de vários tipos de arroz pelos consumidores. No Brasil, o consumo do tipo longo fino é majoritário, enquanto uma série de outras variedades produzidas com tecnologia e melhoramento genético permanecem pouco conhecidas. “Se não há conhecimento sobre as variedades, os preços baixam porque se compra menos e se usa sempre o mesmo arroz”, diz Biloni.

O especialista salienta a relevância da propagação de novas cultivares para a movimentação econômica do setor orizícola. “Toda vez que as pessoas conhecem as diferenças entre os
arrozes, preparam pratos mais variados e compram mais”. No mundo, são mais de 140 mil variedades do cereal. “E o consumidor conhece pouco, só o carnaroli, arbóreo, e inclusive, no Rio Grande do Sul, temos grandes variedades através do melhoramento genético.”

O melhor longo fino é do RS

Com o conhecimento de dezenas de variedades de cultivos, o sommelier enfatiza que o Rio Grande do Sul é o melhor produtor do tipo longo fino. “Tem uma qualidade muito grande, na Europa não existe igual porque temos mais arroz para paella e risoto. Essa variedade é nova lá, mas a qualidade
não existe igual.”

O estímulo ao consumo

Conforme o pesquisador da Embrapa e presidente do 13º Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, André Andres, a organização da oficina teve o propósito de propagar o estímulo ao consumo de arroz. “Cada variedade tem sua característica e você tem que conhecer essa cultivar para saber: este eu
encaixo no risoto, este no arroz branco com nosso feijão, este até na salada, enfim”, exemplifica, ao afirmar que não existe um tipo de arroz melhor que outro.

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