Uma liderança incontestável

 Uma liderança incontestável

Arroz gaúcho: colheita maior que muitos países da América do Sul

Rio Grande do Sul entra com 60% da produção nacional
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Rio Grande do Sul, com três milhões de hectares de várzeas próprias para o plantio do arroz, é o líder incontestável da produção de arroz no Brasil. Na safra 2008/2009 representará mais de 60% da safra brasileira do cereal, plantando 1,08 milhão de hectares e com pro-dutividade média acima de 6,98 toneladas do grão por hectare. Esta perspectiva está diretamente ligada às condições de clima e solo do estado, mas também reflete o salto de produtividade dos últimos oito anos. A safra gaúcha deve crescer de 2,1% a 4,2% este ano, segundo a Conab, podendo chegar aos 7,67 milhões de toneladas. 

A produção gaúcha vem aumentando em razão principalmente de dois programas importantes desenvolvidos na lavoura, o sistema Clearfield, que utiliza variedades tolerantes a herbicida e combate as principais invasoras, o arroz vermelho e o arroz preto, e o Projeto 10, que estabelece métodos de otimização do manejo da lavoura, desde a época de plantio até o uso da agricultura de precisão. 

Apesar do clima não ter colaborado muito no início da safra, com o frio do inverno gaúcho entrando primavera adentro e as intensas chuvas em outubro, a área semeada no período mais indicado foi maior que no ciclo anterior, o que indica melhor resultado de colheita, se o clima for favorável no restante do período. O presidente da Federarroz, Renato Rocha, explica que apesar de todas as dificuldades do setor, como falta de acesso ao crédito oficial para metade dos 15 mil arrozeiros gaúchos e alta do custo de produção, o cenário é favorável. “A redução das importações, o bom desempenho das exportações, o menor estoque de passagem dos últimos 10 anos e o cenário internacional com preços em alta nos fazem acreditar numa safra remuneradora”, afirma. 

Segundo Rocha, 2008 encerrará com preços melhores do que o esperado, apesar do susto da queda entre o final de outubro e novembro, graças a fatores como o desempenho brasileiro no mercado internacional, direcionamento da safra do Mercosul para terceiros mercados, crise mundial de alimentos, alta dos preços in-ternacionais, entre outros fatores. “A participação mais efetiva do Brasil e do Mercosul no cenário internacional foi decisiva para esta recuperação de preços”, destaca. Lembrou ainda que da porteira para dentro o produtor segue investindo em sustentabilidade produtiva e ambiental. “E as políticas públicas também foram favoráveis. Criou-se um bom canal de comu-nicação entre a cadeia produtiva, a Conab e o Mapa”, frisou.

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