Exportação de arroz ganha contornos reais

A exportação de arroz está se tornando um projeto cada vez mais real para os gaúchos. A primeira carga deverá embarcar em julho, antes que os Estados Unidos conclua a sua colheita
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A exportação de arroz está se tornando um projeto cada vez mais real para os gaúchos. O vice-presidente da Federarroz, Valter José Pötter, disse nesta terça-feira que levantamentos feitos nos últimos dias revelam que o mercado externo está pagando R$ 33,19 para a saca de 50 quilos de arroz em casca com 58% de grãos inteiros.

O valor é igual e até melhor do que os últimos negócios fechados no Rio Grande do Sul. A primeira exportação deverá acontecer no mês de julho, antes que os Estados Unidos, país que domina as exportações, conclua a sua colheita.

Segundo Valter José Pötter, todos os encaminhamentos estão feitos para iniciar a exportação e o momento é propício. “As reservas mundiais estão em declínio, o mercado interno e externo está com preços paritários e o Brasil teve uma boa produção. A primeira proposta de exportação deverá ser formalizada a qualquer momento. Além de manter negociações com a empresas The Rice Company, que tem sede nos Estados Unidos e mantém negociações em todo o mundo, outros dois compradores internacionais estão interessados”, observa Pötter.

O projeto inicial de exportar arroz em contêineres foi deixado de lado. Os representantes da cadeia produtiva estão decididos a levar o cereal nos compartimentos de cargas dos navios. A primeira embarcação deverá levar 20 mil toneladas, o mesmo que 400 mil sacas de arroz.

Em Dom Pedrito, cidade da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, 30 produtores estão inscritos e oferecendo 20 mil sacas para exportar. Uma mobilização estadual deverá ser desencadeada nos próximos dias para listar todos os arrozeiros gaúchos interessados em participar da venda de arroz para o exterior.

O diretor administrativo da Farsul, Hamilton Soares, disse nesta terça-feira que uma lista irá correr o Rio Grande do Sul para cadastrar os produtores de arroz interessados em participar do processo de exportação. Segundo ele, as cidades de Dom Pedrito e Alegrete estão mais mobilizadas neste processo, que deverá ganhar cada vez mais a atenção da cadeia produtiva.

Nesta quarta-feira, a partir das 10h, em Porto Alegre, a cadeia produtiva de arroz volta a se reunir com representantes do Banco do Brasil para buscar parceria no processo de gerenciamento econômico e transações financeiras.

Nos países que são potenciais compradores de arroz a cotação do cereal está entre 215 e 230 dólares a tonelada. O preço vale para o arroz em casca, tipo 1, com 58% de grãos inteiros. O projeto de exportação do arroz gaúcho está sendo coordenado pela Federarroz, Irga e Farsul. As projeções são de que o Brasil irá produzir 12,1 milhões de toneladas de arroz e que as exportações chegarão a 100 mil toneladas.

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