Além do horizonte

 Além do horizonte

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) reavaliaram o comércio mundial de arroz mais uma vez e indicaram um nível recorde de 47,9 milhões de toneladas (Mt) em 2017, com o aumento de 15% em relação a 2016. “O avanço se concentrou especialmente na Ásia, onde os grandes países importadores reconstituíram suas reservas de arroz para limitar as tendências inflacionárias nos mercados domésticos”, explica Patricio Méndez del Villar, analista do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad).

Na África, a demanda de importação finalmente deu um salto de 12% em 2017, sobretudo nos principais países importadores da África Ocidental, apesar das políticas de autossuficiência de arroz e de limitação de importações. Segundo Villar, no resto do mundo as importações permaneceram estáveis graças às boas disponibilidades internas. Do lado da oferta, todos os exportadores viram suas vendas aumentarem, exceto o Paquistão.

De acordo com as últimas projeções, o comércio em 2018 deve cair 2%, para 46,9 milhões de toneladas. No entanto, este volume ainda representa o segundo mais alto nível devido à forte demanda asiática.

Patricio: “Grandes países importadores reconstituíram suas reservas”

FIQUE DE OLHO
Os estoques mundiais de arroz no final de 2017 aumentaram 1%, para 168,9 Mt contra 167,4 Mt em 2016. Esse ligeiro aumento se deve, principalmente, à reconstituição de reservas nos países importadores do sudeste asiático. Por outro lado, os estoques dos países exportadores, em especial a Tailândia, caíram drasticamente. As reservas dos exportadores se encontram no nível mais baixo desde 2010 e podem baixar novamente em 2018. Ainda assim, em nível mundial, os volumes armazenados devem se estabelecer em 171,3 Mt, ou 1,4% a mais do que em 2017, o equivalente a um terço do consumo mundial.

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