Arrancada decisiva

 Arrancada decisiva

 1º semestre garante o desempenho na balança comercial

A colheita de uma safra maior que a esperada, preços competitivos, demanda internacional e dólar favorecendo as vendas garantiram um ótimo primeiro semestre de exportações de arroz ao Brasil. A expectativa é de que a balança comercial 2020/21 permaneça positiva graças aos embarques recordes do primeiro semestre. Quando o arroz em casca recuou e tornou-se inviável a venda internacional por causa dos altos valores praticados no mercado doméstico, mesmo com o câmbio competitivo, foi a vez dos quebrados de arroz mostrarem fôlego e consolidação de mercados fiéis na África.

Em outubro, a balança comercial do arroz caracterizou-se pelo equilíbrio, com o volume de vendas causando surpresa. Foram exportadas 153,5 mil toneladas, sendo 61,7% de arroz quebrado. No ano comercial, as exportações atingiram 1.543,4 mil toneladas, enquanto as importações ficaram em 733,9 mil toneladas. Até outubro não se identificou compras influenciadas pela retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) pelo governo federal, em setembro. A medida vale até 31 de dezembro. A indústria mineira pediu isenção até fevereiro.

Em novembro, no entanto, já são registradas cerca de 50 mil toneladas de arroz em casca adquiridas nos EUA, 39 mil na Guiana e cerca de 15 mil compradas na Índia. Um navio com 25 mil toneladas da Tailândia também deve chegar em dezembro. No total, as compras de terceiros mercados ficarão próximas de 200 mil toneladas, bem abaixo das 400 mil t liberadas da TEC de 12% sobre o arroz branco e 10% sobre o arroz em casca. “É fato que os preços não estão competitivos no exterior, demorou pra haver disponibilidade de produto de qualidade para a compra e o nível de exigência do consumidor brasileiro, acostumado com um dos melhores arrozes do mundo, é muito alto”, explica o diretor-executivo do Sindarroz-RS, Tiago Sarmento Barata.

De março a outubro, segundo relatório do Sindarroz-RS, foram importadas 473,5 mil toneladas de arroz do Paraguai, enquanto Uruguai e Argentina originaram respectivamente 143,3 mil t e 101,4 mil t. Senegal, Venezuela, Serra Leoa, Holanda (Roterdã) e Peru foram os principais destinos do produto brasileiro em outubro.

 

Fique de olho
De acordo com a Abiarroz, as exportações de arroz (base casca) nos 10 primeiros meses do ano civil (janeiro a dezembro) alcançaram 1.692.233,48 t, contra 1.076.841,08 t de igual período de 2019. Nestes 10 meses, o país importou 874.782,58 t, contra 881.074,91 t do mesmo período do ano passado, mostrando relativo equilíbrio. A expectativa é de que no ano civil o país alcance perto de 1,9 milhão de toneladas exportadas e a compra de 1,05 milhão de t.

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