Conab projeta balança comercial do arroz equilibrada em 2024

 Conab projeta balança comercial do arroz equilibrada em 2024

Foto: Robispierre Giuliani

(Por Conab) A Conab estima que a safra brasileira 2023/24 de arroz será 7,6% maior que a safra 2022/23, sendo projetada em 10,8 milhões de toneladas. Esse resultado é reflexo, principalmente, da estimativa de significativa expansão de área em meio à recuperação da rentabilidade projetada para o setor. Além desse fato, ressalta-se que o cenário climático de excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, tem refletido em redução de área de soja e expansão da orizicultura nas regiões de várzea no estado.

Sobre o quadro de oferta e demanda do arroz, neste quinto levantamento, estima-se uma expansão do consumo nacional para 10,5 milhões de toneladas nas safras 2022/23 e 2023/24. Esta revisão foi realizada com base na significativa expansão da comercialização contabilizada no CDO (Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura), descontado o saldo da balança comercial no Rio Grande do Sul em 2023. Mais especificamente sobre a balança comercial, as exportações, na safra 2021/22, apresentaram um significativo volume comercializado, e encerrou o ano de 2022 com 2,1 milhões de toneladas vendidas, em razão da boa competitividade do grão no mercado internacional e quebra da safra norte-americana.

Na safra 2022/23, em meio a um cenário de menor disponibilidade do grão e de maiores preços internos, notou-se uma retração do volume comercializado com o mercado externo para 1,8 milhão de toneladas, sendo este valor próximo da média comercializada ao longo dos últimos anos, com exceção da safra 2020/21, que apresentou movimentação atípica.

Para a safra 2023/24, apesar da recuperação produtiva, os preços internos acima das paridades de exportação e a recomposição produtiva norte-americana resultarão em uma provável redução dos volumes exportados para 1,5 milhão de toneladas pelo Brasil.

Sobre as importações, o país importou 1,5 milhão de toneladas e, para 2024, projeta-se uma manutenção do volume importado, em razão ainda da necessidade de recomposição da oferta nacional. Com isso, em meio aos números apresentados, a projeção é que os estoques de passagem apresentem uma amena recuperação ao longo de 2024, com um volume estimado de 2 milhões de toneladas ao final do ano em curso.

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