Fim das retenções em ano que se espera exportações recordes do arroz argentino
(Por Planeta Arroz, com El Litoral) O anúncio de redução das retenções aos produtos agrícolas e eliminação para alguns deles, feito pelo governo argentino, foi saudado como importante por afetar as economias regionais. “Foi um anúncio muito importante para as economias regionais e especialmente para o arroz. Chega em um momento muito oportuno porque estamos apenas iniciando as exportações. Era uma medida esperada”, disse Cristian Jetter, vice-presidente da Associação Correntina dos Produtores de Arroz (ACPA).
“Estamos a caminho de ter uma colheita histórica na província. Estimamos que estaremos em 6.000 ou 6.500 quilos de arroz por hectare, com 109 mil hectares plantados”, disse.
“Cerca de 70 ou 75% da produção será exportada, consolidando o arroz como o principal produto de exportação de Corrientes, tanto em volume como em dólares”, explicou o produtor.
“Os negócios estão sendo fechados para a Costa Rica, para o México, são mercados que exigem arroz de boa qualidade e Corrientes está em condições de satisfazer essa demanda”, afirmou.
Em 2023, os direitos de exportação de diversos produtos já haviam sido modificados para zero, incluindo algumas variantes de arroz. Jetter explicou que agora tiram o arroz com casca (também o arroz quebrado). “As retenções foram um dos custos mais importantes da produção. Essa nova redução se torna muito importante para o produtor. Para o arroz com casca são 13 dólares por tonelada, se aplicarmos a colheita por hectare ao arroz são 100 dólares o que significa rentabilidade para o agricultor”, acrescentou.
Também sustentou que é preciso continuar o trabalho com o governo federal para reduzir custos e impostos, embora tenha manifestado o seu desacordo com a desvalorização do dólar como medida econômica. “Há custos elevados nos portos que devem ser eliminados, é mais barato exportar do Uruguai ou do Brasil do que da Argentina”, assegurou.
“Não só o governo federal, mas também as províncias devem rever a questão dos impostos. Esses são temas sobre os quais temos conversado constantemente. “Concordamos que o dólar está baixo hoje, mas não compartilhamos da ideia de gerar desvalorização porque já tivemos e não deu certo, me parece que o que temos que fazer hoje é baixar custos”, afirmou.
E prosseguiu: “os preços internacionais do arroz não são maus, são preços normais de mercado. O importante é que possamos continuar produzindo e crescendo. Temos de tornar o Estado mais eficiente e deixar as pessoas trabalharem”, acrescentou.