Força regional

 Força regional

Tocantins, Mato Grosso
e Maranhão mantêm a
relevância produtiva.

Eles são estratégicos no abastecimento das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil e mantêm a sua relevância produtiva: Maranhão, Mato Grosso e Tocantins são tradicionais estados produtores de arroz do país. Na safra 2017/18, juntos, colherão 1,456 milhão de toneladas, o que equivale a 12,8% da safra nacional. A área cultivada por estes estados alcança 441,1 mil hectares, ou 22,6% da superfície semeada no Brasil. As áreas de sequeiro derrubam um pouco a produtividade média.

Terceiro maior produtor brasileiro, o Tocantins deve registrar nesta temporada um avanço de 1, 7% em produção, para 688,4 mil toneladas. O que vai determinar esta diferença é o avanço de quase 1% da área semeada, para 133,5 mil hectares, e quase 1% em produtividade, para 5.157 quilos por hectare. Os grãos de sequeiro tiveram bom desenvolvimento, mas a estiagem no meio do ano afetou o nível dos rios e reservatórios, o que atrasou – e concentrou – o plantio do arroz irrigado. A colheita começou em fevereiro e foi prejudicada pelo excesso de chuva, que deve indicar perdas em novo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O Mato Grosso, que já foi o segundo maior produtor de arroz do Brasil, agora é o quarto, com uma trajetória de queda em área. Com retração produtiva de 10,8%, vai colher 472,8 mil toneladas do grão, suficiente para abastecer o estado. A produtividade está em ascensão de 1%, para 3.292 quilos por hectare. Quase 97% da área plantada é de arroz de terras altas. Na competição com o sistema de produção da soja no cedo e milho na sequência, a orizicultura perdeu espaço. Na temporada 2017/18, a área plantada caiu para 143,6 mil hectares, com retração de 11,5%. As últimas áreas devem ser colhidas em maio e a qualidade do grão está superando as expectativas. Os baixos preços praticados em 2017 fizeram a área cair e dar espaço para milho, soja e pecuária.

O Maranhão é um estado que tem investido na transferência de tecnologias para os rizicultores da Baixada Maranhense – Arari, Vitória do Mearim e São Mateus do Maranhão, onde há bom regime de chuvas, planícies naturalmente irrigadas e ambiente favorável à cultura. E isso vai contar muito nesta temporada, quando colherá 295,1 mil toneladas de grão, depois de anos e anos de declínio. O clima também ajudou no crescimento de 15,3% da colheita, pois permitiu um plantio adequado dos 164 mil hectares, que registram aumento de 15,8% no ano.

A produtividade, porém, deve cair oito quilos, ou 0,4%, para 1.799 quilos por hectare. O cultivo de sequeiro, muito arcaico em alguns casos, puxa para baixo a produção. As áreas de sequeiro têm evoluído também, em transição para as cultivares de terras altas. Boa parte da produção depende de sementes salvas ou doadas pelo governo do estado. Em algumas regiões, a compra do grão por programas sociais de boa remuneração impulsiona a melhoria da qualidade.

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